China e EUA anunciam acordo de cooperação em auditoria para empresas chinesas
Segundo o texto, isso permitirá uma cooperação em supervisão de auditorias e lançará bases para que os dois lados possam cooperar "de forma ativa, profissional e pragmática"
- Data: 26/08/2022 11:08
- Alterado: 26/08/2022 11:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
A China e os Estados Unidos firmaram um acordo nesta sexta-feira 25, de cooperação para supervisionar auditorias, com a participação do American Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB), informa o governo chinês em comunicado. Segundo o texto, isso permitirá uma cooperação em supervisão de auditorias e lançará bases para que os dois lados possam cooperar “de forma ativa, profissional e pragmática”.
A Securities and Exchange Commission (SEC) americana também confirmou a notícia.
Segundo a nota de Pequim, a cooperação entre os países ajudará a melhorar ainda mais a qualidade da prática dos escritórios de contabilidade, além de proteger “direitos e interesses legítimos dos investidores” e criar um bom ambiente regulatório internacional para as empresas realizarem transações cruzadas.
A SEC, por sua vez, afirma que o acordo regulará inspeções e investigações de escritórios de auditoria de companhias sediadas na China e em Hong Kong. Segundo ela, é a primeira vez que os EUA recebem compromissos “tão detalhados e específicos” da China para permitir essas investigações e inspeções, “dentro dos padrões americanos”.
E aponta também que as viagens de inspetores do PCAOB a Hong Kong para essa tarefa ocorrerá apenas se houver um acordo específico sobre esse ponto. Esses inspetores teriam de estar em Hong Kong em meados de setembro, para concluir o trabalho esperado até o fim deste ano, acrescenta a SEC.
Ela ainda ressalta que o acordo desta sexta é “meramente um passo no processo” e será significativo apenas se os inspetores puderem de fato atuar para auditar totalmente as empresas na China. Caso contrário, cerca de 200 companhias terão proibições de negociar seus papéis nos EUA, acrescenta a SEC. Ela argumenta que é um privilégio para emissores estrangeiros o acesso ao mercado dos EUA, o maior e mais líquido no mundo, e que os investidores nos EUA precisam ser protegidos.