Mais da metade da população brasileira apresenta déficit na alimentação

Para o Dia da Saúde e Nutrição, especialista da Unyleya conta como restabelecer o equilíbrio imunológico e carências nutricionais do organismo

  • Data: 29/03/2022 10:03
  • Alterado: 17/08/2023 06:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Unyleya
Mais da metade da população brasileira apresenta déficit na alimentação

Alimentação

Crédito:Fernando Frazão/Agência Brasil

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Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% – o equivalente a 25,3 milhões de lares – estavam com algum grau de insegurança alimentar. Desse total, 24% dos lares apresentam grau leve, 8,1% moderado e 4,6% grave.

A pesquisa demonstra que uma boa parcela da população brasileira tem déficit qualitativos e quantitativos em sua alimentação, que podem trazer graves impactos em indicativos de saúde e bem-estar. É aí que entra o papel do nutricionista, cujo objetivo é minimizar o impacto desse déficit na população e auxiliar no diagnóstico e tratamento das possíveis patologias.

“Uma boa alimentação é aquela que fornece, de maneira equilibrada, os macronutrientes, as proteínas, carboidratos, lipídios e micronutrientes (vitaminas e minerais), que mantém a saúde em dia. O consumo de frutas e verduras também ajuda muito na ingestão dessas vitaminas”, relata a nutricionista Silmária Soeiro, professora de Pós-Graduação da Unyleya.

Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) confirmaram que do total de 213,3 milhões de brasileiros, 116,8 milhões vivem algum grau de Insegurança Alimentar, dos quais 43,4 milhões não possuem comida suficiente em casa e 19 milhões enfrentaram a fome.

Silmária explica que o problema da fome também está associado a segurança alimentar – qualidade e higiene dos alimentos, de forma resumida –, além do desemprego e altos impostos nos produtos de consumo, como é o caso dos alimentos. Portanto, pessoas com poder aquisitivo menor vão optar por alimentos e bebidas com valores mais acessíveis e que geralmente são ricos em carboidratos, conhecidos também como “calorias vazias”. Nesses casos, a educação nutricional ajudaria muito a população.

A nutricionista afirma que só é possível diagnosticar um paciente anêmico ou subnutrido através de exames físicos e laboratoriais. Segundo ela, as doenças mais comuns são:

Marasmo: acomete crianças menores de um ano e está associada a amamentação inadequada e utilização incorreta de fórmulas infantis. A criança geralmente se apresenta magra com gordura subcutânea ausente, membros delgados devido à atrofia muscular e subcutânea, cabelos secos e finos, crescimento reduzido e infecções constantes.
Kwashiorkor: categoria de desnutrição que acomete crianças menores de dois ou três anos cuja alimentação é interrompida precocemente, ou é substituída por uma alimentação baseada em mingaus (ricos em carboidratos e pobres em proteínas), resultando em hipoalbuminemia, edemas, alterações da pele dos membros inferiores e nos cabelos, além de apresentar debilidade muscular. Taquicardia, hipoglicemia, infecções graves e distúrbios hidroeletrolíticos são comuns.
Anemia: pode ser a ferropriva, a mais comum (deficiência de ferro), perniciosa, megaloblástica, entre outras. O tratamento começa com o diagnóstico correto da patologia, depois o foco deve ser ajuste do peso corporal e na educação nutricional, corrigindo as carências. Para isso, pode-se utilizar alguns suplementos por via oral ou endovenosa.

Em tempos de Covid-19, no entanto, os desafios são maiores. O sucesso da garantia do direito humano à alimentação adequada, alcançado até 2013, foi progressivamente revertido a partir de 2014, e ganhou impulso negativo maior com o início da pandemia.

Segundo a profissional, quando falamos de uma dieta equilibrada pós-infecção pela Covid-19, cada paciente tem necessidades específicas para ingestão de calorias e demais nutrientes, dependendo também da idade, presença de outras doenças, necessidades apontadas por exames laboratoriais, prática de atividade física, entre outros fatores.

“A alimentação pós-alta deve ser consumida em horários regulares para garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais para a recuperação. Estes nutrientes ajudam no fortalecimento do sistema imunológico, no combate às infecções oportunistas e também na recuperação do estado nutricional, tão necessário para o restabelecimento da força e disposição”, conta.

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  • Data: 29/03/2022 10:03
  • Alterado:17/08/2023 06:08
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  • Fonte: Unyleya









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