Santo André vacina 77 crianças no 1º fim de semana de imunização infantil contra a Covid
Nesta fase da campanha estão sendo vacinadas crianças com idade entre 5 e 11 anos com comorbidades, deficiência, indígenas e quilombolas
- Data: 17/01/2022 18:01
- Alterado: 17/01/2022 18:01
- Autor: Rafaela Mazarin
- Fonte: Secom-PSA
Crédito:Helber Aggio / PSA
A Prefeitura de Santo André vacinou 77 crianças entre sexta-feira (14) e domingo (16), no primeiro final de semana de imunização infantil contra a Covid-19. As vacinas foram aplicadas no Reabilita (Centro Especializado de Reabilitação Física, Intelectual, Auditiva e Visual), localizado no bairro Campestre.
“A vacinação avança em Santo André, para proteger a nossa gente. Antecipamos a aplicação do imunizante infantil para crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, ou alguma deficiência, além de indígenas e quilombolas. Aguardamos a chegada de novas doses para iniciar a vacinação dos outros públicos, em um grande esforço para frear o avanço da nova variante da Covid-19, a ômicron”, destacou o prefeito Paulo Serra.
Santo André se destaca no atendimento e cuidado humanizado que ofereceu à toda população ao longo da pandemia, seja no modelo personalizado de vacinação ou no cuidado humanizado que implantou nos hospitais de campanha. Agora, para as crianças, esse modelo não poderia ser diferente, e os profissionais estão empenhados no cuidado oferecido às crianças, que muitas vezes se assustam ou têm medo de receber a vacina.
Na manhã do último sábado (15), Eduardo Oliveira Cesquim, de nove anos, foi ao Reabilita receber a primeira dose da vacina acompanhado da mãe, a analista de sistemas Ana Paula Oliveira Cesquim, de 38 anos, depois de quase dois anos de ansiedade e espera. Mãe e filho não contiveram as lágrimas após a aplicação do imunizante. Feliz por ter sido imunizado, o menino fez uma “dancinha da vacina” para comemorar o momento. “Para mim foi a melhor notícia desses últimos dois anos. Estou muito feliz pelo meu filhote estar protegido. Tenho muita esperança de isso acabar um dia”, comentou Ana Paula.
No domingo foi a vez da Ana Luísa, de 11 anos, receber a primeira dose de esperança. Acompanhada dos pais e da irmã mais nova, ela escolheu receber a vacina no braço direito, para não atrapalhar o hábito que a pequena tem de desenhar. Em um momento de forte comoção, após a aplicação, a família se abraçou para celebrar o momento que foi tão esperado por todos.
“Estou muito feliz, estava me sentindo muito nervosa, mas eu cheguei e vi que tinha uma mesinha e eu comecei a desenhar e fiquei mais tranquila. Eu adoro desenhar e fiz um arco-íris, eu e a minha irmã. Estou torcendo bastante para minha irmã ser vacinada, torcendo até cansar”, contou Ana Luísa, de mãos dadas com a irmã caçula que trazia esperança e curiosidade no olhar.
A socióloga Adriana Márcia Marcornio, de 46 anos, comemorou a vacinação da filha Ana Luísa. “Esperamos muito por esse momento, para que ela pudesse estar protegida, e estamos na expectativa que nossa outra filha Júlia também possa receber a vacina e estar protegida dessa doença. Mesmo que a possibilidade de contaminação seja menor em crianças, esse risco existe, principalmente para aquelas que têm comorbidade. Contamos os dias nesses quase dois anos de espera por essa vacina, foi uma emoção muito grande e eu estou me sentindo muito aliviada”.
Além do Reabilita, a vacinação está disponível em outras sete unidades de saúde e também está sendo realizada em casa para crianças acamadas cadastradas no Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD). Pais de crianças acamadas que não são acompanhadas pelo SAD podem solicitar a vacinação na unidade de saúde mais próxima da residência.
A vacina destinada para as crianças é da marca Pfizer-BioNTech e possui o frasco na cor laranja, para diferenciar a dose destinada aos adultos. A dose também é menor, de 0,2 ml, e é aplicada em seringas de 1 ml, também específicas para a vacinação infantil, conforme orientação do Ministério da Saúde.
O secretário de saúde de Santo André, Márcio Chaves Pires, acompanhou o processo de vacinação e explicou sobre a importância da imunização para evitar a gravidade da doença. “Existe uma série de recomendações da Anvisa que nós estamos garantindo para preservar a saúde e a predisposição dos pais em vacinar as suas crianças. O fundamental é que há uma grande mobilização da sociedade em garantir a vacinação, então estamos proporcionando todas as condições para que ninguém tenha qualquer justificativa para não vacinar os seus filhos. A vacina é a única garantia que nós temos de evitar o coronavírus de forma grave nas nossas famílias”, pontuou.