8ª Conferência de Assistência Social reúne 400 pessoas em Santo André

Quatrocentas pessoas, entre representantes dos governos municipal e federal, entidades assistenciais e usuários dos programas de serviços sociais de Santo André, participaram da 8ª Conferência Municipal de Assistência Social. O evento, organizado em parceria com a Prefeitura, ocorreu nesta quinta-feira (1º), no Teatro Municipal. O tema A gestão e o financiamento na efetivação do Suas (Sistema Único de Assistência Social) foi ministrado pela secretária nacional adjunta de Assistência Social, Valéria Maria Massarani Gonelli, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O prefeito Carlos Grana lembrou que o fim da miséria em Santo André é um dos 17 desafios prioritários do seu programa de governo. Na avaliação do chefe do Executivo, iniciativas como a Conferência de Assistência Social colaboram para cumprir a meta estabelecida pela Administração. “Somos uma cidade grande, desenvolvida, mas temos uma parcela da população que ainda não está incluída neste contexto”, frisou. Ele ainda aproveitou para agradecer a contribuição das organizações civis, sem as quais “seria difícil alcançar as mudanças necessárias para melhoria da qualidade de vida da sociedade”.

Na sequência, a primeira-dama e secretária de Inclusão Social, Fátima Grana, ressaltou que o encontro serviu para analisar conferências anteriores, verificar avanços nos serviços prestados, mudanças na vida dos atendidos, além do recebimento de novas propostas para melhorias a serem implantadas. “Assim, podemos solicitar mais verba aos governos federal e estadual para ampliar o número de beneficiados pelos nossos serviços, como combate ao trabalho infantil, crianças em situação de risco, violência contra a mulher e o idoso na família e banco de alimentos”, disse.

PALESTRANTE – Na oportunidade, a representante da União, afirmou que o Sistema Único de Assistência Social divide 15% do orçamento federal com os aposentados e pensionistas da Previdência Social e com a Saúde, além de receber recursos dos estados e municípios brasileiros. “São necessários mais investimentos para ampliar os serviços”, defendeu Valéria, ao ressaltar a importância da implantação da assistência social como política pública nos últimos anos, não só com a visão assistencialista aos pobres, mas pela regulação de um direito como existe para a habitação, saúde e educação.  “No caso específico do SUS (Sistema Único de Saúde), não podemos olhar só como uma fila de alta complexidade da saúde e sim como a universalização do acesso da população a esta área”, comentou a secretária adjunta de Assistência Social.

Para Márcia Leal, diretora do Departamento de Assistência Social andreense, que também esteve na mesa dos trabalhos, a conferência promove a participação social, onde os interesses da comunidade e dos trabalhadores do setor são evidenciados, o que é feito por meio do Conselho de Inclusão Social – que reúne nove representantes do governo e nove da população e organizações que colaboram com os serviços de assistência social na cidade. Todos foram indicados nesta conferência e representarão a cidade nos encontros estadual e nacional. O representante das organizações da sociedade civil no Conselho, Roberto Rodrigues Andrade Junior, espera que  os encontros contribuam para elaborar propostas que atendam cada vez melhor os usuários dos serviços de proteção social da Prefeitura. Ele é integrante do Instituto Monsenhor Antunes, que trabalha com crianças e adolescentes.