23/09 – Dia da Visibilidade Bissexual: Por que celebrar?

Invisíveis e excluídos, bissexuais têm uma voz que deve ser ouvida e respeitada

  • Data: 21/09/2023 08:09
  • Alterado: 21/09/2023 08:09
  • Autor: Robson de Carvalho
  • Fonte: PMD
23/09 – Dia da Visibilidade Bissexual: Por que celebrar?

Crédito:PMD

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Você sabia que neste sábado, 23 de setembro, celebramos o Dia da Visibilidade Bissexual? Esta data representa a existência e resistência de pessoas cujo desejo afetivo e/ou sexual não é monossexual, ou seja, abrange mais de um gênero.

E é por isso que se faz tão necessário termos a compreensão do que é a bissexualidade, para que os espaços de discussões não sejam preenchidos com preconceitos, causando sofrimento a muitas pessoas.
A saúde mental de pessoas bissexuais é afetada pela falta de espaços acolhedores e não podemos ignorar o número de suicídios expressivos dentro desta parcela da comunidade LGBT+, o que acaba dialogando diretamente com a campanha do Setembro Amarelo.

Sendo assim, o termo visibilidade se torna importante no contexto da bissexualidade quando vemos que há uma dupla exclusão: na sociedade como um todo, enquanto demonstram afetos heterossexuais, devido à heteronormatividade (que simplesmente assume que todo mundo seja automaticamente heterossexual), e nessa mesma sociedade quando são excluídos no instante em que deixam de cumprir essa norma heterossexual e exercitam afetos direcionados a pessoas do mesmo gênero.

Você me invisibiliza quando supõe que a minha bissexualidade me aproxima, necessariamente, de um comportamento infiel ou quando tenta silenciar meu discurso e resume (baseado nos seus preconceitos) que estou apenas experimentando, passando por uma fase ou com medo de me assumir.
Bissexualidade é um todo, é uma identidade fluida. Não assumam que a bissexualidade é naturalmente binária ou poligâmica, que nós temos “dois” lados ou que precisamos nos envolver simultaneamente com dois gêneros para nos sentirmos seres humanos completos. De fato, não assumam que existem apenas dois gêneros.

Não interpretem a nossa fluidez como confusão, irresponsabilidade ou inabilidade de assumir um compromisso. Não equiparem promiscuidade, infidelidade ou comportamentos sexuais inseguros com bissexualidade.

Já passou da hora da voz da pessoa bissexual ser ouvida e respeitada.

*Robson de Carvalho, coordenador de Políticas de Cidadania e Diversidades de Diadema

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