Zema diz que Estados do Sul e Sudeste têm mais gente trabalhando do que vivendo de auxílio
A fala de Zema, considerada xenofóbica, foi feita após uma crítica ao fórum dos governadores das 27 unidades da Federação
- Data: 03/06/2023 11:06
- Alterado: 03/06/2023 11:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Governador de Minas
Crédito:Divulgação
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), chegou aos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira, 2, em razão de declarações dadas durante a abertura do 8.º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, em Belo Horizonte. “No Sul e Sudeste, temos uma semelhança enorme. Se há Estados que podem contribuir para este país dar certo, eu diria que são estes sete Estados aqui. São Estados onde, diferentemente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial”, disse o governador.
Ele disse que o grupo é muito heterogêneo. Depois da referência à quantidade de pessoas que ‘viveriam’ de auxílio emergencial, Zema afirmou que “boa parte da solução do nosso país está nesses Estados (do Sul e Sudeste)”. Não há estatística oficial sobre as afirmações de Zema.
Nas redes sociais, internautas afirmaram que o discurso do governador teria sido xenofóbico. Procurada, a assessoria de imprensa de Zema não se manifestou até a publicação desta reportagem.
O auxílio emergencial foi um benefício social pago pelo governo Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia da covid-19, no valor de R$ 600. De outubro de 2021 até fim de 2022, ele foi mantido com o nome de Auxílio Brasil, mas com regras mais rígidas. No governo Luiz Inácio Lula da Silva, o programa voltou a se chamar Bolsa Família.
Zema elogiou o evento realizado na capital mineira. “Essa união de esforços garante maior representatividade, gera mais empregos e renda, desenvolvendo todo o País”, disse em uma rede social.
Em outubro de 2022, Zema se reelegeu governador de Minas em primeiro turno. A sua vitória é contemporânea a uma dissidência dentro do partido Novo – enquanto ele apoiou Bolsonaro, que buscava a reeleição, um dos fundadores da sigla, João Amoêdo, declarou voto em Lula e decidiu se desfiliar da legenda. Na época, em entrevista ao Estadão, Zema disse que seria um “equívoco” dizer que o Novo se tornou bolsonarista.