YouTube impede Monark de criar novo canal monetizado
Youtuber foi demitido recentemente do Flow Podcast por conta de comentários nazistas
- Data: 18/02/2022 14:02
- Alterado: 18/02/2022 14:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Monark
Crédito:Reprodução
O youtuber Monark, ex-apresentador do “Flow Podcast”, diz estar sofrendo “perseguição política” do YouTube após ser impedido pela plataforma de criar um novo canal monetizado. Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira, 18, ele compartilhou a negativa que recebeu da empresa, que justifica sua decisão pelas declarações do youtuber sobre nazismo.
“Preocupam-nos as recentes declarações relacionadas ao nazismo em um de seus canais, que podem causar danos significativos à comunidade e que, além disso, violam nossas políticas”, informou a plataforma, acrescentando que um criador de conteúdo deve ser “respeitoso com sua audiência e terceiros”. Em sua última participação no “Flow Podcast” antes de ser demitido, Monark, nome artístico de Bruno Aiub, defendeu a possibilidade de formalizar um partido nazista no Brasil.
Em reação à carta do YouTube, o criador de conteúdo disse considerar que “pessoas poderosas” querem destruí-lo e se queixou de que a plataforma está limitando sua liberdade de expressão. Em vídeo que publicou para se defender, Monark opinou que acha injusta a posição do YouTube e argumentou que não defendeu ideologias extremistas, embora reconheça que seus comentários foram infelizes. “Eu errei, mas as consequências estão muito fora de proporção. Estão literalmente tentando acabar e aniquilar com a minha vida”, disse.
A carta publicada pelo youtuber nas redes sociais é autêntica e foi um informe vindo do YouTube Global. Pelas regras da plataforma, o usuário tem até 24 horas para apelar da decisão. Após esse período, a suspensão da conta fica confirmada por tempo indeterminado, mas ainda pode ser revista no futuro. Procurado pela reportagem, o YouTube ainda não se pronunciou sobre o caso.
Investigação
Monark é alvo de investigação pela Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de apologia ao nazismo.