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‘Você é um furacão! Uma estrela que brilhou muito’, diz marido de Paulo Gustavo

A madrugada desta quarta-feira, 5, foi de comoção por causa da morte de Paulo Gustavo

  • Data: 05/05/2021 10:05
  • Alterado: 05/05/2021 10:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
‘Você é um furacão! Uma estrela que brilhou muito’

Paulo Gustavo faleceu na noite desta terça-feira

Crédito:Reprodução/Instagram

O ator, de 42 anos, lutava há mais de um mês contra o novo coronavírus, mas não resistiu as complicações do vírus e morreu na noite de terça, dia 4, pouco depois das 21h no Rio de Janeiro.

O marido dele, Thales Bretas, fez uma homenagem nas redes sociais e, na medida do possível, tentou expressar a dor do luto. “Ainda é muito difícil processar tudo o que aconteceu nos últimos dias. Nossa caminhada tinha tudo pra ser longa! Linda como vinha sendo tão feliz! E foi muito! Como fui feliz nesses últimos 7 anos que tive o privilégio de conviver com você! Como eu aprendi, cresci! Espero poder passar um pouco do seu legado de generosidade, afeto, alegria e amor. Você é um furacão! Uma estrela que brilhou muito aqui na Terra, e vai brilhar ainda mais no céu, olhando pela nossa família sempre! Eu te amo tanto… e sempre te amarei, pro resto da minha vida! Não consigo escrever um centésimo do quanto você foi e é importante pra mim e pro mundo. E continuará sendo, eternamente”, disse no perfil que mantém no Instagram.

Diversos amigos, familiares e personalidades consolaram Thales e enviaram mensagens de carinho

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 1978. Ele pertence a uma geração de comediantes que se formaram na Casa de Artes de Laranjeira, a CAL, no Rio, como Fábio Porchat e Marcus Majela, entre outros. Seu primeiro sucesso aconteceu em 2004 quando, na peça Surto, apresentou a personagem que marcaria sua carreira, Dona Hermínia. No ano seguinte, após se formar na CAL, passou a integrar o elenco de Infraturas, mas o grande reconhecimento de público veio em 2006 com o espetáculo Minha Mãe é uma Peça, que rendeu três adaptações para o cinema (2013, 2016 e 2019), que conquistaram enorme bilheteria.

Dona Hermínia surgiu como uma brincadeira, quando ele imitava a própria mãe e os colegas morriam de rir. Trata-se de uma típica dona de casa que, sempre à beira de um ataque de nervos, toma as atitudes mais engraçadas. Além de inspirar a peça, tornou-se um dos personagens fixos do programa de TV 220 Volts, no canal Multishow.

Não foi fácil transpor de uma mídia para outra e ainda preservar o sucesso. A mãe da peça era diferente em relação à que aparece na tela. “Mudamos tudo, a maquiagem, o gestual, até essa coisa de o ex-marido e os filhos aparecerem, o que não se dá nem na peça nem na TV. É outra coisa, realmente”, contou Paulo Gustavo ao Estadão, em 2013.

Paulo Gustavo dizia que devia tudo à mãe, às tias. “Meu avô dizia que, por baixo daqueles vestidos, elas eram todas homens”, comentou, com uma risada escandalosa.

A transformação do teatro para o cinema, aliás, foi uma decisão pessoal. “No filme Divã, eu era ator contratado. Fiquei de bico calado. Fazia o cabeleireiro da personagem de Lília Cabral. Aqui a personagem é minha, o filme é meu. Palpitei em tudo. O roteiro é do Fil Braz e meu. Mas o André (Pellenz, diretor) sabe tudo de cinema. Essa coisa do ritmo, da edição, tudo o que se refere ao visual, ao cenário, André é fera.”

Voltando à sua trajetória, Paulo Gustavo protagonizou outra peça em 2010, Hiperativo, dirigido por Fernando Caruso – o título descrevia bem sua personalidade.[8] No ano seguinte, assumiu a apresentação do programa 220 Volts e, em [9]junho de 2013, ainda no Multishow, estreou o sitcom Vai que Cola, que também ganhou uma adaptação para o cinema, em 2015.

Mas o estrondoso sucesso de Minha Mãe é uma Peça nas telonas o convenceu a voltar para uma terceira parte – e o público comprovou que não estava cansado da personagem. Na época do lançamento, Paulo Gustavo disse ao Estadão que gostaria de atingir um público maior com Minha Mãe 3. “Não me importo de fazer mais, nem temo a concorrência. Já enfrentamos Star Wars no passado e Frozen. Qual era o Star Wars? Ah, sei lá. Nossos números são grandes, mas deveria haver reserva de mercado para a produção nacional. Os filmes grandes atraem público e as pessoas sabem que vão se divertir com D. Hermínia. Mas há filmes menores que também têm de ter espaço. O público precisa se conscientizar disso, o mercado também.”

Criado em uma família de classe média no Rio, Paulo Gustavo nunca teve problema com sua sexualidade, desde jovem. Em dezembro de 2015, casou-se com o dermatologista Thales Bretas e, quatro anos depois, nasceram os filhos Romeu e Gael, nascidos de diferentes barrigas de aluguel.

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Crédito:Reprodução/Instagram
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Crédito:Reprodução/Instagram Paulo Gustavo faleceu na noite desta terça-feira

  • Data: 05/05/2021 10:05
  • Alterado: 05/05/2021 10:05
  • Autor: Redação ABCdoABC
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