Verstappen vence treino agitado e conquista pole para 1ª sprint do ano na F-1
A classificatória foi conturbada, com chuva e acidentes; confira os detalhes
- Data: 22/04/2022 14:04
- Alterado: 17/08/2023 05:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Max Verstappen
Crédito:Reprodução/Twitter
Um treino classificatório debaixo de chuva e cheio de acidentes, nesta sexta-feira, deu a Max Verstappen a primeira colocação do grid da sprint race de Ímola, onde será disputada mais uma edição do GP da Emília-Romagna. Atrás do atual campeão, dono de uma volta de 1min27s999 no Q3, vieram Charles Leclerc, atual líder da Fórmula 1, em segundo, e Lando Norris, no terceiro lugar.
A organização da competição definiu que, em provas com sprint race, o título de pole position pertence ao vencedor do treino que define as posições para a corrida classificatória. Antes, a pole era do piloto que vencia a sprint. A mudança foi realizada apenas para fins estatísticos. Dessa maneira, Verstappen já pode ser chamado de pole position, mas terá que brigar na sprint, na manhã de sábado, pelo primeiro lugar do grid da corrida, marcada para domingo.
Kevin Magnussen, Fernando Alonso, Daniel Ricciardo, Sergio Pérez, Valtteri Bottas, Sebastian Vettel e Carlos Sainz completam os três primeiros lugares da largada. Já Lewis Hamilton e George Russell não passaram do Q2 e deixaram a Mercedes de fora do Q3 pela primeira vez desde o GP do Japão de 2012. A disputa foi marcada por cinco bandeiras vermelhas, que fizeram o treino fluir sem dinamismo e prejudicou a competição.
Com o tempo nublado em Ímola, a expectativa era de água caindo a qualquer momento. Nas primeiras voltas do Q1, em vez disso, houve fogo na pista, mais precisamente no freio da Williams de Alexander Albon. A pequena explosão perto do pneu direito traseiro obrigou o anglo-tailandês a deixar a pista e forçou a bandeira vermelha a ser levantada ainda com 12 minutos para o fim da primeira rodada.
Depois que a disputa foi retomada, sem Albon, os protagonistas da briga pelo melhor tempo foram Leclerc, Verstappen e Sainz, que terminaram em primeiro, segundo e terceiro respectivamente. No quarto lugar, uma surpresa: o chinês Guanyu Zhou, da Alfa Romeo., seguido por Pérez, em quinto.
Yuki Tsunoda, Pierry Gasly, Nicholas Latifi e Estebán Ocon, além de Albon, foram eliminados. O heptacampeão Hamilton quase esteve entre os que não avançaram ao Q2, mas conseguiu a última vaga ao superar Tsunoda por uma vantagem de apenas 0s004. Assim, avançou em 15º lugar.
Assim como no Q1, a disputa do Q2 foi marcada por uma bandeira vermelha, dessa vez de um dos nomes que brigavam pelas primeiras posições. Carlos Sainz rodou, saiu da pista e foi de encontro com a barreira de proteção. Após a nova paralisação, os carros voltaram para a pista no momento em que a chuva apertou.
Apesar do acidente, Sainz fez o segundo melhor tempo, atrás de Max Verstappen e à frente de Lando Norris. Sergio Pérez foi o quarto e Charles Leclerc ficou em quinto. Enquanto Red Bull e Mercedes avançaram dentro do top 5, a Mercedes amargou a eliminação de Hamilton, em 13º, e Russell, em 11º. Foi a primeira vez desde 2012, no GP do Japão, que a equipe não colocou nenhum piloto no Q3.
A rodada classificatória final começou com ainda mais chuva e uma nova bandeira vermelha, já que Magnussen bateu. De qualquer forma, o dinamarquês manobrou e voltou tranquilamente para a pista. Uma nova bandeira, dessa vez amarela, subiu quando restavam três minutos para o fim, por causa de um incidente com Bottas. Depois, veio a bandeira vermelha.
Verstappen, líder no momento da bandeirada amarela, precisou tirar o pé para não ser punido, mas ficou preocupado se a desaceleração teria sido o suficiente, tanto que perguntou à equipe se estava tudo certo. A resposta foi positiva. Na retomada, esperava voltar a travar seu duelo com Verstappen, mas Lando Norris bateu na curva 12 e complicou a vida de todos que vinha atrás, entregando a pole para o holandês da Red Bull. Leclerc ficou em segundo e Norris em terceiro.