Veja o que se pode fazer na fase vermelha do plano de combate à covid-19
Apenas atividades consideradas essenciais são permitidas; Estado de SP Paulo deve entrar na fase vermelha de segunda a sexta-feira, a partir das 20h, e durante os finais de semana
- Data: 22/01/2021 19:01
- Alterado: 22/01/2021 19:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Diante do aumento de casos, mortes e internações por covid-19 em São Paulo, todas as regiões do Estado devem entrar na fase vermelha de segunda a sexta-feira, das 20h às 6h, e durante todo o dia nos finais de semana e feriados. As novas medidas, anunciadas pelo governo João Doria nesta sexta-feira, 22, começam a valer na próxima segunda-feira, 25, e têm como objetivo controlar o aumento de casos de covid-19 no Estado e evitar possível colapso no sistema de saúde. A fase vermelha, de alerta máximo no plano de combate à pandemia, permite apenas a realização de atividades consideradas essenciais.
A cidade de SP, por exemplo, que estará na fase laranja a partir de segunda-feira, permanecerá com shoppings, academias e restaurantes funcionando com horário e capacidade reduzidas de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h. Fora desse horário e em finais de semana e feriados, todos esses espaços estarão fechados.
Na prática, durante o período em que estiverem na fase vermelha, apenas parte dos serviços pode funcionar, como supermercados, farmácias e clínicas médicas. O transporte interestadual e internacional também tem autorização para seguir funcionando.
São considerados essenciais, ainda, os setores de segurança, limpeza, abastecimento, logística, comunicação social e construção civil. Assim, ficam abertos postos de gasolina, armazéns, oficinas automotivas, bancos, lavanderias e bancas de jornal.
O que é a fase vermelha?
É a fase de alerta máximo do Plano São Paulo, que dá diretrizes para a retomada econômica com segurança e estabelece medidas de isolamento social para diminuir a disseminação do novo coronavírus. São cinco níveis de restrição, indicados por cores, que vão desde a fase mais rígida até a liberação total. De acordo com o governo, a classificação é realizada com base no comportamento da pandemia em cada região (casos, óbitos e internações) e a capacidade de resposta do sistema de saúde local.
Quais serviços podem funcionar na fase vermelha?
Apenas serviços considerados essenciais, como hospitais, farmácias, mercados, postos de combustível, açougues, e transportes coletivos.
O que não pode funcionar nesta fase?
Na fase vermelha, bares, shoppings, lojas, parques, academias, equipamentos culturais (cinemas, teatros e outros) e todos os serviços considerados não essenciais devem ser fechados.
Por que o Estado adotou essa medida?
Na última quarta-feira, 20, o governo anunciou que a taxa de ocupação nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Estado chegou a casa dos 70%. “Tivemos um aumento significativo na Grande São Paulo, em que passamos de 65% (há duas semanas) para 70,5%”, afirmou. Essa taxa é determinante para a reavaliação da classificação das fases.
Bares e restaurantes podem abrir?
Não. Apenas os serviços de delivery e drive thru podem continuar funcionando, segundo o Plano SP.
O comércio vai fechar?
Na fase vermelha, lojas, galerias e shoppings devem fechar as portas, independemente de horário ou controle de acesso. Outros setores que precisam recuar são os salões de beleza e academias, que deixam de funcionar no período estabelecido. Eventos e atividades culturais também voltam a ser proibidos.
Os parques poderão abrir?
Os parques estaduais devem seguir as regras da fase vermelha e permanecer fechados.
As praias estarão liberadas?
A recomendação do governo estadual é de que as pessoas façam atividades individuais nas praias, de preferência com o uso de máscara, e evitem aglomerações. A decisão de liberar praias cabe às prefeituras municipais. Segundo o coordenador executivo do Centro de Contingência da covid-19 em São Paulo, João Gabbardo, a possibilidade de famílias se aglomerarem na praia “aumenta dramaticamente” a possibilidade da contaminação. “Não esperem que (a proibição de aglomeração nas praias) seja uma ordem por decreto, que isso seja uma atividade controlada pelas atividades de segurança, todos devem assumir sua responsabilidade para que não tenhamos que tomar medidas mais drásticas nas próximas semanas”, disse ele.