Tragédia no Rio: Médica da Marinha é morta por disparo durante operação policial
Capitã foi ferida durante ação da UPP do Lins
- Data: 12/12/2024 09:12
- Alterado: 12/12/2024 09:12
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Na tarde de terça-feira, 10 de outubro, a capitão de mar e guerra e médica geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, não sobreviveu aos ferimentos sofridos durante um incidente trágico no Hospital Naval Marcílio Dias, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Marinha do Brasil em uma nota oficial à imprensa.
O incidente ocorreu enquanto Gisele participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha. Ela foi atingida na cabeça por um disparo que ocorreu durante uma operação policial nas proximidades, na Comunidade do Gambá, que fica adjacente ao hospital. Segundo relatos da Secretaria de Estado de Polícia Militar, os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Lins foram alvo de ataques ao chegarem ao local.
A médica, que também exercia a função de superintendente de Saúde do hospital, recebeu atendimento imediato nas instalações onde trabalhava. Apesar das tentativas cirúrgicas urgentes para salvar sua vida, os ferimentos se mostraram fatais.
A Marinha expressou seu profundo pesar pela perda e manifestou apoio aos amigos e familiares da profissional. Em nota oficial, a instituição reafirmou seu compromisso em prestar assistência durante este momento difícil.
A morte trágica de Gisele Mendes gerou grande indignação entre os membros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O conselho emitiu uma declaração ressaltando que o Hospital Naval Marcílio Dias é conhecido por sua excelência nos atendimentos, abrangendo desde casos simples até os mais complexos. O Cremerj lamentou que uma instituição tão respeitada tenha se tornado cenário de um ato violento tão chocante.
Além disso, o Conselho se solidarizou com a família e amigos da médica falecida e fez um apelo às autoridades competentes para que haja rapidez nas investigações sobre o ocorrido. A entidade enfatizou a necessidade de responsabilização dos envolvidos e solicitou a implementação de estratégias para mitigar os impactos da violência urbana e as consequências das operações policiais nas redondezas de instituições de saúde.