Torres atuou para manter contrato de R$ 14,5 mi por ano sem licitação
Ex-ministro está preso por causa de sua conduta em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro
- Data: 10/02/2023 13:02
- Alterado: 10/02/2023 13:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres atuou para obrigar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a manter contrato de locação de R$ 14,5 milhões por ano, sem licitação, cujos termos se tornaram alvo do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU). Torres está preso por causa de sua conduta em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Quando era secretário da Segurança do Distrito Federal em 2019, ele alegou risco de tragédia para impedir que a Funasa pudesse retornar à sua antiga sede, revogando um contrato de aluguel com a empresa do ex-governador do DF Paulo Octávio. Defesa Civil e Bombeiros, vinculados à secretaria, iniciaram uma série de fiscalizações na antiga sede. A Funasa havia deixado o local em 2017, e se transferido para o edifício PO 700, na Asa Norte. Na sede antiga ficaram a coordenação, o museu e a biblioteca.
O contrato de aluguel foi fechado durante a gestão de Ricardo Barros (PP-PR) à frente do Ministério da Saúde. Sem licitação, a fundação se acertou diretamente com a Paulo Octávio Hotéis e Turismo, controlada pelo empresário e político que já foi filiado ao PP.
Em ação movida em 2019 contra o DF, a Funasa relatou que, durante o período em que o edifício-sede esteve parcialmente desocupado, não houve quaisquer contestações dos órgãos de segurança.