Tiroteios e prisões marcam combate ao TCP no Complexo da Maré

Apesar dos tiroteios e das barricadas incendiadas, até o momento não foram reportados feridos

  • Data: 29/01/2025 07:01
  • Alterado: 29/01/2025 07:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
Tiroteios e prisões marcam combate ao TCP no Complexo da Maré

Crédito:Reprodução

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Na madrugada desta quarta-feira, dia 29, uma operação coordenada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro e do Espírito Santo resultou em intensos confrontos no Complexo da Maré, levando ao fechamento temporário da Avenida Brasil. Apesar dos tiroteios e das barricadas incendiadas, até o momento não foram reportados feridos, mas uma pessoa foi detida durante a ação.

A operação, denominada Conexão Perdida, tem como objetivo desarticular atividades ilícitas do Terceiro Comando Puro (TCP) na região, focando na prisão de indivíduos envolvidos na lavagem de dinheiro para a facção criminosa. A ação conta com a participação de policiais civis de ambos os estados, com suporte da Polícia Militar no cerco.

As equipes de segurança estão atuando em diversas áreas da favela, incluindo Baixa do Sapateiro, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Conjunto Esperança, entre outros. Além disso, mandados estão sendo cumpridos em locais fora da comunidade, como Laranjeiras, Ramos e Campo Grande, com operações também em Vitória.

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, o TCP tem ampliado suas operações na Maré, movimentando aproximadamente R$ 40 milhões em um ano através de extorsões a empresas de serviços essenciais que operam na área. Os dados revelam que os criminosos exigiam pagamentos mensais que podiam chegar a R$ 10 mil para permitir a atividade dessas empresas.

Os integrantes da facção utilizavam múltiplas contas bancárias para gerenciar e ocultar os lucros obtidos por meio de atividades ilícitas. Entre as contas identificadas estavam as de uma casa lotérica e um chamado “banco paralelo”, que funcionava como uma instituição financeira não regulamentada oferecendo empréstimos à população local.

Romualdo Gianordoli Neto, subsecretário de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, destacou que as práticas criminosas não só lavavam dinheiro proveniente do tráfico local, mas também recursos do TCP em Vitória, somando R$ 43 milhões movimentados em menos de um ano. Ele afirmou ainda que várias contas utilizadas para a lavagem estão sob investigação e pleiteou seu bloqueio.

As investigações tiveram início em novembro de 2023 após a prisão do traficante Luan Gomes de Faria em Vitória. Juntamente com seu irmão Bruno Gomes de Faria, conhecido como os Irmãos Vera e líderes do TCP no estado, Luan foi capturado antes que Bruno se mudasse para o Complexo da Maré após a detenção do irmão.

Victor dos Santos, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, enfatizou que a operação visa não apenas integrar esforços entre as instituições envolvidas, mas também desmantelar redes criminosas que representam uma ameaça à segurança pública regional. “Vamos quebrar a estrutura financeira dessas organizações criminosas”, afirmou Santos.

Durante a operação, Renê Gomes Silva, conhecido como RN da Nova Holanda e que não era o foco principal da ação, foi preso em flagrante ao tentar roubar um caminhão na Avenida Brasil. Ele foi capturado após uma breve perseguição policial que resultou em sua queda enquanto tentava escapar.

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  • Data: 29/01/2025 07:01
  • Alterado:29/01/2025 07:01
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