Taylor Swift estreia ‘Eras Tour’ no Brasil hipnotizando o público em meio ao calor

A apresentação, parte da "The Eras Tour", celebra os 17 anos de carreira e os 10 álbuns da cantora e é o primeiro de seis shows marcados por Taylor no país.

  • Data: 17/11/2023 22:11
  • Alterado: 17/11/2023 22:11
  • Autor: Luana Lisboa
  • Fonte: FOLHAPRESS
Taylor Swift estreia ‘Eras Tour’ no Brasil hipnotizando o público em meio ao calor

Crédito:Reprodução

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Onze anos após a primeira vinda ao Brasil, Taylor Swift chegou nesta sexta (17) ao Estádio Nilton Santos -o Engenhão– afirmando que o público presente era a plateia dos seus sonhos de infância.

A apresentação, parte da “The Eras Tour”, celebra os 17 anos de carreira e os 10 álbuns da cantora e é o primeiro de seis shows marcados por Taylor no país.

Embora a abertura do show, que marca a primeira passagem de uma turnê da cantora pelo país, não tenha sido surpreendente para os fãs -que já tiveram acesso ao filme da apresentação nos cinemas-, a presença da cantora no enorme palco foi o suficiente para levar a uma histeria em todos os cantos do estádio. O mais interessante é que Swift sabia exatamente que isso aconteceria.

Em ato ensaiado, antes da música “The Man”, cada espaço do estádio que a artista apontava o dedo era preenchido por gritos advindos do local, em uma demonstração evidente de que ela tem o controle total sobre cada emoção da plateia. Um simples movimento de mão levava os fãs onde quer que ela queria.

Por isso, foi ainda por volta de 8h da manhã, sob uma sensação térmica de 59ºC, que fãs já se amontoavam em filas, entre cangas amarradas em grades para simular cabanas, leques vendidos por ambulantes e guarda-chuvas para proteção contra o sol.

O fato do show só começar dali a mais de dez horas não desestimulou os mais fiéis, em busca do melhor lugar para verem a “loirinha”, como carinhosamente chamam a americana.

Sinais ainda mais evidentes da devoção -como se os esforços empregados para uma homenagem no Cristo Redentor não fossem o suficiente– começaram ainda durante a passagem de som da cantora, por volta das 14h30.

Em volta de todo o estádio, nas filas de todos os setores, fantasiados e caracterizados de acordo com as “eras” da carreira da cantora, era possível ouvir as vozes em uníssono completando as letras das músicas “Ready for it…?”, “Fearless” e “You Belong With Me” -esta última o primeiro grande sucesso da cantora, de 2008.

Foi com a música que a cantora gerou a maior euforia na plateia durante a segunda parte do show, em que apresentou três músicas do seu segundo álbum de estúdio “Fearless”, vencedor do Grammy de melhor álbum do ano em 2010, quando a cantora tinha 20 anos.

Foram poucos anos depois que Maria Eduarda de Melo, carioca de 18 anos e estudante de curso militar, passou a acompanhar a cantora. “Minha primeira memória com ela foi a professora de inglês botando música na aula, e eu me apaixonei”, lembra a fã, em estado de euforia.

“Me identifico com as músicas e com a melodia, especialmente do ‘Red’. Minha ficha ainda não caiu. Estava ansiosa, com medo do ingresso não passar, mesmo sem motivo. Não consegui comprar em nenhuma venda no site oficial, e agarrei a oportunidade de comprar com a amiga de uma amiga.”

Pulos e gritos também tomaram conta do estádio durante “Cruel Summer”, música de “Lover” -a era que abre o show. Foi antes da música de nome homônimo que a cantora fez a sua primeira referência ao Brasil. Com a frase “Rio, bem-vindos a Eras Tour”, Taylor animou a plateia de 66 mil pessoas.

O público jovem da cantora -a maioria dos seus fãs- também foi representado por Lucas Carmin, 27, professor de Literatura. Seus álbuns preferidos são o “Folklore” e o “Evermore”, os quais caracteriza como “liricamente perfeitos”. Ambos foram lançados durante a pandemia e têm as letras mais complexas da carreira da americana. O “Folklore” foi a terceira conquista da cantora na categoria de álbum do ano.

Natural de Belém e morador de Recife, Lucas não conseguiu encontrar uma passagem de volta de avião por um valor acessível, e optou por voltar para casa de ônibus, em uma viagem de 38 horas.

“Já avisei no trabalho que só chego na terça-feira. É por uma boa causa”, diz o fã da cantora.

Antes do show, a busca por lugares bons poderia ter o potencial de causar confusões na plateia. Não foi o caso na “Eras Tour”. Sob o calor e debaixo das cangas, os fãs compartilhavam pulseiras da amizade –referenciadas pela cantora na letra de “You’re On Your On, Kid” e que se tornaram regra dos shows após o lançamento da música em que ela reflete sobre o impacto da fama na sua vida pessoal.

A dentista de 23 anos, Mariana Brito, foi uma das que aproveitou a fila para fazer amizade na fila. Ela viajou de Salvador para assistir ao primeiro show da cantora em passagem pelo Brasil. Fã de Taylor Swift desde 2009, ela chegou à fila da pista às 10h30, caracterizada da era “Reputation”.

“Dei risada, cantei nas passagens de som e troquei pulseiras, e foi isso que me manteve animada sob o calor absurdo”, diz ela. “Eu vi algo que não acreditei quando vi, achei que era Photoshop. Estou muito orgulhosos de vocês por terem doado comida e água. Foi a coisa mais legal que já fizeram por mim. Finalmente trouxe a ‘Eras Tour’ para o Brasil.”

A plateia interrompeu ela com gritos de “Taylor, eu te amo”, nos quais ela respondeu: “Eu te amo”.

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  • Data: 17/11/2023 10:11
  • Alterado:17/11/2023 22:11
  • Autor: Luana Lisboa
  • Fonte: FOLHAPRESS









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