Surgem primeiros indícios de recuperação ambiental em Mariana
A maior tragédia ambiental do Brasil – que completa hoje dois anos – deixou, no rastro do mar de lama que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo, 19 mortos
- Data: 05/11/2017 10:11
- Alterado: 05/11/2017 10:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo

ACIDENTE1 MARIANA MG 02 11 2017 METROPOLE DOMINICAL ESPECIAL DOIS ANOS DA TRAGEDIA DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO EM MARIANA MINAS GERAIS Ruinas de casa em Bento Rodrigues, aps rompimento da barragem de Fundao, no dia 5 de novembro de 2015. A barragem continha rejeitos de mineracao da Samarco, empresa sediada em Minas e controlada pela Vale e a anglo australiana BHG Billiton. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Dois anos depois da tragédia de Mariana, começam a surgir os primeiros indícios do retorno de animais silvestres às margens do Rio Doce e de seus afluentes. Segundo a presidente do Ibama, Suely Mara Vaz de Araújo, de 55 anos, dada a extensão e a gravidade da tragédia, esta é uma boa notícia. Também é comemorado o fato de que a água destinada ao abastecimento voltou a ser potável.
“Os efeitos ambientais de um desastre desse porte são complexos e de grande magnitude. No que diz respeito ao meio ambiente, passamos de uma fase de emergência para a de recuperação ambiental.”
Construções em Bento Rodrigues garantiram a contenção da lama e impediram que uma nova tragédia acontecesse. Começa a ser aplicado agora um plano de manejo dos rejeitos, com soluções para cada trecho afetado.
Ao longo do Rio Doce foram instaladas mais de 50 estações de controle, o que faz dele o rio mais bem monitorado do País. “Já no que diz respeito à recuperação florestal, temos décadas de trabalho pela frente. É uma tragédia muito grande e seus efeitos são dramáticos.”