SuperPop fala sobre “a vida de quem explora o corpo” e gera polêmica

O programa da Rede TV, SuperPop da última quarta-feira (25) teve como tema principal “a vida de quem explora o corpo”. Durante a exibição, algumas mulheres convidadas compartilharam suas experiências e uma psicóloga discorreu de forma racional sobre o assunto, que foi focado nos relacionamentos Sugar.

Uma das convidadas foi Rubi, uma Sugar Baby que contou sobre como teve conhecimento e como se sentiu atraída pela relação Sugar. Ela também falou sobre um relacionamento abusivo anterior que mudou o rumo de suas escolhas.

“Estive em um relacionamento extremamente abusivo onde ele passava o dia inteiro com meu carro enquanto eu estava trabalhando. Ao voltar para casa, ele me agredia muito por motivos banais. Aguentei esse pesadelo por dois meses e finalmente decidi fugir. Foi quando conheci alguém que estava disposto a ser um verdadeiro parceiro para mim. Atualmente, ele é meu Sugar Daddy e me ajuda com tudo. É uma relação totalmente diferente da que vivi no passado. Ele me respeita e me trata como uma rainha”, relatou.

Uma outra participante destacou como enxerga um homem que está disposto a pagar e a proporcionar conforto a sua parceira. “Um cara que não mede esforços, seja pra pagar uma conta ou dar um presente, é um homem totalmente diferenciado. Vale lembrar que o perfil da mulher também ajuda nisso, é importante se cuidar até para você mesma se sentir mais confiante”, disse.

Relacionamento Sugar X Prostituição

Diferente da prostituição, que é sexo em troca de dinheiro, uma Sugar Baby não vende seu corpo. Por mais que ela receba mimos e presentes do seu Sugar Daddy, o sexo nessa relação surge como em qualquer outra, quando for da vontade de ambos. O sexo é apenas uma consequência da conexão do casal, caso ela não aconteça e a mulher não se sinta atraída pelo Sugar Daddy, ela segue com a sua vida como acontece nas relações tradicionais. Prostituição é sexo por dinheiro, o relacionamento sugar como o próprio nome diz, é uma relação amorosa baseada em troca, companheirismo e, é claro, luxo.

Ser uma Sugar Baby exige um alto nível de maturidade e independência. Além disso, são mulheres decididas que desejam alcançar metas pessoais e profissionais além estar ao lado de um parceiro generoso e cavalheiro para vivenciar boas experiências. Elas são inteligentes e amam se cuidar, porque frequentam os lugares mais high society dessa geração.

A psicóloga Carla Cecarello convidada do programa abordou as comparações frequentes entre prostituição e relacionamentos Sugar. “Existem mulheres casadas cujos maridos pagam por suas despesas. Elas são chamadas de Sugar Babies? Não, não são, porque as pessoas acreditam que isso não se enquadra no conceito de relacionamento Sugar. Porém, o relacionamento Sugar é exatamente isso: uma troca por benefícios, em uma relação consensual”, concluiu a psicóloga.

A percepção de relacionamento sugar é um pouco distorcida e repleta de achismos. Um Sugar Daddy não apresenta a sua parceira para os amigos como uma Sugar Baby. Muito pelo contrário, elas são apresentadas como esposas, namoradas e companheiras. São mulheres que cansaram de se relacionar com homens imaturos que podem acabar traindo-as em banheiros de botecos, e agora querem um homem maduro e bem-sucedido ao lado delas.