STF suspende julgamento bilionário sobre PIS/Cofins, e Fux deve desempatar caso

Se nenhum ministro modificar votos dados anteriormente, Luiz Fux deve ser decisivo para definir o caso

  • Data: 29/08/2024 09:08
  • Alterado: 29/08/2024 09:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: JOSÉ MARQUES - FOLHAPRESS
STF suspende julgamento bilionário sobre PIS/Cofins, e Fux deve desempatar caso

STF

Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Você está em:

O STF (Supremo Tribunal Federal) retomou nesta quarta-feira (28) um julgamento que pode causar um impacto de R$ 35 bilhões em cinco anos à União, sobre a inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/Cofins.

A sessão, no entanto, foi interrompida sem maioria dos votos e o julgamento será retomado em data ainda indefinida.

Se nenhum ministro modificar votos dados anteriormente, Luiz Fux deve ser decisivo para definir o caso.
O ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) é um tributo municipal, enquanto o PIS e a Cofins são contribuições federais que financiam a seguridade social.

O julgamento sobre o tema foi iniciado em formato virtual em 2020, e foi interrompido por um pedido de destaque (para levar o caso ao plenário físico) de Fux.

No plenário virtual, o placar era 4 a 4. Celso de Mello, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski votaram contra a inclusão do ISS da base do PIS/Cofins. Já Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso se manifestaram a favor.

Com o envio do caso ao plenário físico, a votação é reiniciada, e só continuam válidos os votos dos ministros aposentados –Celso, Lewandowski e Rosa. Não votam os seus sucessores no Supremo, que são Kassio Nunes Marques, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

No plenário físico, os demais ministros que já votaram no plenário virtual podem reiterar seus entendimentos ou modificar.

Na sessão do plenário desta quarta, Dias Toffoli reiterou o seu voto. Também se manifestaram os ministros André Mendonça (contra a inclusão ISS) e Gilmar Mendes (a favor). Em seguida, o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, suspendeu o julgamento.

A ação é de repercussão geral, que incide em todos os processos que tratam do mesmo tema no Judiciário brasileiro.

Em julgamento similar, o STF decidiu em 2017 que o ICMS não pode ser incluído na base de cálculo do PIS/Cofins.

O processo que serve como referência para o julgamento desta quarta é um recurso da Viação Alvorada, de Porto Alegre, que questiona decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que validou a incidência do ISS na base do PIS/Cofins.

Ao Supremo, a empresa argumentou que a incidência é inconstitucional, porque o tributo não integra o seu patrimônio, e citou a decisão do STF no mesmo sentido relativa ao ICMS.

Compartilhar:

  • Data: 29/08/2024 09:08
  • Alterado:29/08/2024 09:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: JOSÉ MARQUES - FOLHAPRESS









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados