SP avança na restauração da Mata Atlântica e Cerrado com o Refloresta-SP

São Paulo avança na restauração florestal, recuperando 10,4 mil hectares em 2024 e superando desmatamento na Mata Atlântica.

  • Data: 23/12/2024 10:12
  • Alterado: 23/12/2024 10:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Semil
SP avança na restauração da Mata Atlântica e Cerrado com o Refloresta-SP

Crédito:Governo do Estado de São Paulo

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Nos últimos dois anos, o estado de São Paulo tem se destacado em suas iniciativas de restauração florestal, recuperando uma área equivalente a 16,5 mil campos de futebol. Em 2024, foram restaurados 10,4 mil hectares, marcando um crescimento significativo em relação aos 6,6 mil hectares recuperados em 2023. Esses esforços equivalem a aproximadamente 108 Parques Ibirapuera, ou cerca de 17 mil hectares em total, segundo dados divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

A restauração tem sido realizada tanto por indivíduos quanto por empresas e instituições parceiras do governo, em áreas anteriormente degradadas dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Neste processo, são utilizadas mudas nativas adaptadas às características específicas de cada local. Dentre os hectares restaurados, aproximadamente 14.700 foram dedicados à vegetação nativa da Mata Atlântica, enquanto outros 2.300 hectares referem-se ao Cerrado paulista. Todas essas informações podem ser acessadas pelo Painel Verde da Semil.

Através desta iniciativa, o governo paulista busca não apenas aumentar a cobertura vegetal no estado, mas também reafirmar seu compromisso com a mitigação das mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. A secretária Natália Resende destaca que “a preservação dos nossos ecossistemas e da biodiversidade é um pilar fundamental do Plano Estadual de Meio Ambiente”, ressaltando a meta de restaurar 37,5 mil hectares até 2026.

As ações implementadas incluem diversas estratégias como a conservação da cobertura florestal nativa, regeneração natural, plantio de mudas nativas e combinações de pastagens com áreas arborizadas. Essas iniciativas podem ser motivadas tanto pela fiscalização do estado quanto por esforços voluntários.

Um estudo recente realizado pelo MapBiomas e pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou que, pela primeira vez em 16 anos, a regeneração da Mata Atlântica superou o desmatamento no bioma. O Parque Ecológico Guarapiranga foi citado como um exemplo notável dessa regeneração, com seus 330 hectares de vegetação nativa.

O Programa Refloresta-SP abrange várias frentes de ação, incluindo o Programa Nascentes que protege as margens dos pequenos cursos d’água que se transformam em rios e represas essenciais para o abastecimento hídrico no estado. Além disso, recursos do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop) financiam projetos municipais voltados à proteção e restauração dos ecossistemas locais.

O Programa Nascentes atua como um elo entre empresas, ONGs e proprietários rurais interessados na recuperação de suas terras. Até o momento, quase 60 milhões de mudas foram plantadas como parte desse esforço conjunto.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) também reportou um aumento significativo na recuperação de áreas florestais, atestando a restauração de 2,7 mil hectares de mata nativa em 2024, representando um crescimento de 50% em comparação ao ano anterior. Esses resultados são atribuídos ao monitoramento do cumprimento dos Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRAs), os quais são exigidos para compensações decorrentes de intervenções ambientais.

O estado ainda investe em programas como Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que recompensa aqueles que preservam a natureza. O Programa Guardiões das Florestas remunera comunidades indígenas pela manutenção das Unidades de Conservação próximas às suas aldeias. Outro exemplo é o PSA Juçara que incentiva o replantio da palmeira-juçara, uma espécie ameaçada.

Com mais de 140 viveiros monitorados pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), o Refloresta-SP também está utilizando tecnologias avançadas para otimizar suas ações. Em 2024, houve um aumento na aplicação de geotecnologia para mapeamento e monitoramento das mudas plantadas.

Para intensificar as atividades de restauração florestal no estado, a Fundação Florestal lançou uma Plataforma dedicada à Restauração das Áreas Protegidas. Esta ferramenta oferece informações detalhadas sobre as áreas que possuem potencial para restauração dentro das unidades conservadas paulistas.

A plataforma contém dados sobre características das áreas e seu uso atual do solo, além do potencial para regeneração natural e aptidão para restauração ativa. Até agora, cerca de 40 mil hectares foram mapeados com essa finalidade.

Natália Resende enfatiza que “a Plataforma e o Finaclima – um instrumento para atrair investimentos privados – são ferramentas essenciais para o avanço das ações em prol da resiliência ambiental”. O governo continua comprometido com a expansão dessas iniciativas visando não apenas a recuperação florestal mas também a geração de créditos de carbono através da recuperação vegetal em áreas públicas.

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  • Data: 23/12/2024 10:12
  • Alterado:23/12/2024 10:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Semil











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