Setembro Amarelo na literatura

A escrita pode ser um alívio para pessoas com depressão. A literata Stephanie Caroline colocou sua própria experiência em seus livros, e se tornou inspiração

  • Data: 07/09/2021 07:09
  • Alterado: 07/09/2021 07:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Planta e Cresce
Setembro Amarelo na literatura

Crédito:Reprodução/SESC SP

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Stephanie Caroline, que adora criar protagonistas fortes e que são muito “gente como a gente” lembra: “ambos os livros contêm gatilhos, é impossível isso não acontecer”. Isso porque ela escreveu Diário da garota em crise quando estava, ela mesma, passando por uma depressão, e alguns dos textos de seu blog da época que se tornaram parte de 13 Contos de Amor ou Não.

Ela conta que quando começou a escrever o “Diário”, não sabia que estava em depressão: “eu ainda não tinha o diagnóstico. A ideia era reaproveitar um blog de mesmo nome, que tive em 2013, e contar uma história de amor, tanto que uma das personagens era uma homenagem para um amigo meu. Em 2015, aconteceram várias mudanças e eu não consegui dar continuidade na história, ficou parada, até que, em 2016, fui diagnosticada com depressão ansiosa (a depressão associada ao transtorno de ansiedade)”, revela.

Foi a sugestão da psiquiatra que Stephanie ia à época que a fez retomar a escrita: “um dos conselhos era que eu buscasse atividades que me ajudassem a expressar o que eu estava sentindo, já que não conseguia falar dos meus sentimentos”, conta ela, que lembra: “meu blog já estava a pleno vapor, então, dei continuidade e ia trabalhando em alguns capítulos do ‘Diário’.

Stephanie conta que Ana, a protagonista do livro, sofre em praticamente todos os capítulos: “tudo que pode dar errado, dá, bem ao estilo ‘ela não merece ser feliz’. Na época era um pedido de socorro, uma forma de mostrar que eu estava sofrendo e tudo o que me incomodava, as decisões imaturas tomadas no impulso, numa tentativa de se encaixar e disfarçar (assim como a Ana faz no livro todo)”.

Ela lembra que terminou o livro só em 2018, com quase 2 anos de tratamento. “Hoje eu vejo que a Ana foi a forma que encontrei para mostrar que nem sempre alguém que implora por atenção ou toma decisões imaturas o faz somente por imaturidade, muitas vezes tem algo a mais, é um pedido de socorro mesmo. Sobre a parte do suicídio, eu nunca tentei, mas me inspirei em pessoas próximas que vivenciaram a crise”, revela.

“No Para Sempre, que escrevi em 2019, a ideia era mostrar como a personagem deu a volta por cima e como ela reconhece outras pessoas com depressão”, explica Stephanie. “A Ana está melhor, entende que tem um problema psicológico que precisa de atenção, tanto que vira a principal ajuda da Luana, personagem que enfrenta o mesmo problema, mesmo que em um grau diferente. A Ana seria um exemplo de depressão em um grau bastante elevado, por ter sido negligenciada e ignorar a situação no começo, já a Luana, em Para Sempre, teve ajuda cedo e foi tratada com carinho, não como uma “bobagem” ou “frescura”, como muitos tendem a dizer de uma pessoa em depressão”, finaliza a autora.

SOBRE OS LIVROS

Diário da Garota em Crise

“Meu coração sempre foi dele e de mais ninguém, mas agora há algo errado e não sei o que fazer”. Ana Lastra sonha em encontrar um grande amor, exatamente como nos livros. O detalhe é que ela vai descobrir que no mundo real o amor não é assim tão simples. Quando ela conhece Brunno, seu mundo vira literalmente de ponta cabeça… E as coisas tendem a piorar! Será que todas as histórias de amor foram feitas para terem um final feliz? Bem-vindos ao mundo da garota em crise!

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Para Sempre

“Para sempre é tempo demais…”. Luana está tentando superar um relacionamento que não foi tão perfeito quanto ela esperava. O problema é que quanto mais ela tenta e livrar desse sentimento mais ela descobre que amar talvez seja realmente para sempre. Brunno é irmão de Luana e está tentando ajudá-la enquanto lida com seus próprios fantasmas do passado. Será que é certo trazer Ana Lastra de volta a jogada apenas porque ela é a única que pode ajudar sua irmã? Ana é a pessoa que passou por mais tragédias do que se possa imaginar. E ela parece ótima. Parece ter lidado muito bem com todo seu passado complicado. Exceto com o sentimento que tem por um certo garoto. Algo que ela tem certeza, é para sempre. Três jovens e três histórias que se cruzam para descobrir juntos que talvez nada é para sempre!

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13 Contos de Amor ou Não

Uma deixou de acreditar no amor, a outra quer tê-lo de volta e se vingar, enquanto a terceira deseja nunca ter se apaixonado. Existe também uma garota em crise, forças sobrenaturais, amores não resolvidos e o nascimento do sentimento em um mundo distópico. Treze contos que podem ser de amor. Ou não. Tudo é uma questão de ponto de vista. 13 Contos de Amor ou Não será relançado ainda este ano.

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Sobre a autora

Stephanie Caroline, que começou a escrever aos 8 anos para expressar suas emoções, escreveu seu primeiro livro, Doce Vida de Ana, aos 15 anos. A publicação aconteceu 10 anos depois, e, de lá para cá, já foram mais 6 livros: Nada é por Acaso13 Contos de Amor ou NãoDiário da Garota em CrisePara SempreDeixe-me Roubar seu Coração e o recém lançado Amor, destino final. O oitavo romance já está em desenvolvimento. Formada em Publicidade e Jornalismo, Stephanie ama ler e adora criar histórias com aquele toque mais vida real, com personagens “gente como a gente”. Suas leitoras gostam de histórias românticas, mas com um toque mais vida real e que buscam identificação e reflexão no que é revelado ao longo do livro.

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Crédito:Reprodução/SESC SP
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Crédito:Reprodução/SESC SP










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