Seminário Conquistas e Novos Desafios pontuará metas para o Plano Museológico do MAP
Material é exigido pelo Estatuto dos Museus por lei após cinco anos em funcionamento
- Data: 23/06/2012 01:06
- Alterado: 23/06/2012 01:06
- Autor: Jariza Rugiano
- Fonte: SECOM Diadema
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O MAP (Museu de Arte Popular) de Diadema promove pela primeira vez o seminário “Conquistas e Novos Desafios”, diálogo que pretende apontar realizações e diretrizes para posteriormente compor o Plano Museológico e serem praticadas. O debate será realizado nos dias 26, 27 e 28 de junho, das 15h às 19h, no Espaço Cândido Portinari, anexo do MAP. Há 30 vagas disponíveis, por isso os interessados em participar com sugestões devem ligar no 4051-5408 para informar nome completo e telefone de contato. Durante estas datas o Museu não estará aberto à visitação.
Para a primeira data (26/6) o museólogo Paulo Lima, do Museu Lasar Segall, localizado na capital paulista, mediará palestra sobre a metodologia para montar o Plano Museológico, como coordenar grupos de trabalho, as diferentes áreas de atuação de cada um dos componentes e as temáticas a serem trabalhadas. Graduado em Museologia pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), Paulo atua nos setores de gestão, documentação, pesquisa e docência voltada aos museus. No mesmo dia, a secretária de Cultura de Diadema, Regina Ponce, participará da abertura.
Em todos os encontros a equipe do MAP estará presente, grupo atual formado pelo curador e pesquisador de Arte Popular Ricardo Amadasi, agente de comunicação e diretor José Aparecido Krichinak, agente de cultura Jeferson Costa, atendente Luiz Carlos Mattos, programadora visual Andréia Alcantara e os responsáveis pelos materiais de divulgação, Malu Vianna e Rubens Zárate.
O seminário vem para listar as tarefas, como diagnósticos, identificação do público-alvo, adaptação de estruturas e de segurança, para que os pontos resultem nas metas a serem desenvolvidas após o Plano Museológico. Ainda serão apontadas as ações positivas e estratégias que integrem missão, valores, objetivos e atividades do local, a partir da análise atual para detectar as mudanças necessárias.
Prestes a completar cinco anos (no segundo semestre de 2012), é chegado o período máximo que o MAP e qualquer outro museu têm para atender o artigo 67 da Lei nº 11.904/2009, do Estatuto dos Museus. A norma exige o Plano Museológico adequado às próprias estruturas, fontes e ordenamentos dentro deste prazo, contados da sua instalação como unidade aberta à sociedade e como ambiente que reúne e democratiza a cultura.
A equipe do MAP vai tratar com representantes culturais e moradores da cidade todas as alternativas citadas anteriormente, além dos sistemas de conservação e de capacitação técnica dos funcionários. Outro quesito importante são os catálogos, materiais que além de conter o acervo oferece as expectativas futuras. O Plano Museológico funciona como um documento e será encaminhado a partir de 2013.
Vivência ampla com a cultura popular – O Museu de Arte Popular de Diadema reúne patrimônios materiais e imateriais, com obras que trazem as identidades brasileiras. O espaço preserva tradições, procura por novos artistas e instalações e procura se comunicar internamente e com outras unidades nacionais. Uma das metas é identificar possibilidades em intercâmbio com instituições com o mesmo objetivo cultural e educacional.
Anualmente o MAP recebe em torno de 12 mil visitantes, entre munícipes do ABC e da Grande São Paulo. O número advém das assinaturas do público no livro de presença. Quanto às exposições, há registro de mais de 50 mostras que ocuparam o museu e seu anexo, o Espaço Cândido Portinari. O lugar pauta a arte popular produzida regionalmente pelo país e pretende reforçar o caráter institucional através do Plano Museológico, para ampliar o serviço gratuito.
“Este encontro é a oportunidade de trocar ideias com especialistas como Paulo Lima e dialogar com os moradores para que eles possam opinar e sugerir. O museu retrata a transformação histórica através das manifestações artísticas e narra períodos que marcaram a sociedade”, esclarece o diretor José Aparecido. Além disso, ele lembrou que o museu pretende investir em obras da região Sul e Norte, pois o que predomina são do Nordeste e Sudeste.
Trajetória – Inaugurado em outubro de 2007, conta com acervo atual de 715 trabalhos entre pinturas, xilogravuras e tridimensionais dos artistas ligados à arte popular, e 150 folhetos de cordel. Ocupa área de 570 m² e tem um salão de exposições, dois ateliês para práticas artísticas e educativas, reserva técnica e secretaria.
O MAP passou por três etapas de aquisição. O primeiro, em 2009, foi dominado por xilogravuras. Já no segundo e terceiro processo prevaleceram, respectivamente, obras tridimensionais adquiridas em 2010 e pinturas Naïf em 2011. O acervo e seus produtores estão documentados nos catálogos – Volume 1, 2 e 3, que descrevem as características das obras e estão fixos no lugar para as pessoas que tenham interesse.
O Museu surgiu através do projeto “Redes de Ponto de Cultura”, concebido pelo governo federal, por meio do Ministério da Cultura. É um dos pontos de cultura de Diadema, entre os 30 ativos no município. Está disponível para as manifestações culturais, com a organização de exposições e encontros. Visitas escolares também são realizadas, para estudantes ligados ao Programa Mais Educação, da Secretaria Municipal de Educação. As artes plásticas já chegaram a ser levadas às mostras e eventos de outras cidades.
Serviço:
Seminário “Conquistas e Novos Desafios”
Data: 26, 27 e 28 de junho, terça, quarta e quinta-feira, das 15 às 19h
Local: Espaço Cândido Portinari (anexo do Museu de Arte Popular)
R. Graciosa, 300- Centro – Tel.: 4051-5408