Segunda safra deve crescer em 2025; especialista dá dicas de cultivo
Ciclo é responsável por cerca de 80% da produção de milho e maior parte da produção de algodão no país.
- Data: 14/01/2025 16:01
- Alterado: 14/01/2025 16:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Crédito:BASF
A segunda safra vem ganhando cada vez mais importância na estratégia agrícola brasileira. Segundo a previsão da Conab, divulgada nesta terça-feira (14), a produção de milho deve apresentar crescimento na temporada 2024/2025, com estimativa de 119,6 milhões de toneladas do grão na soma das três safras do cereal, 3,3% acima da temporada anterior. A safrinha, como também é chamada a segunda safra do milho, é responsável por aproximadamente 80% deste total.
No algodão, a área de cultivo deve chegar a 2 milhões de hectares plantados, com produção estimada de 3,7 milhões de toneladas da pluma, sendo a maior parte produzida na segunda safra.
Para aproveitar o máximo potencial produtivo de cada cultivo, o produtor precisa ficar atento a diversos fatores. Para Sérgio Zambon, gerente de Desenvolvimento de Tecnologias Brasil da BASF Soluções para Agricultura, uma segunda safra de sucesso começa ainda no cultivo anterior.
“É importante um manejo adequado da safra que antecede o plantio, para evitar altas infestações de pragas como nematoides, mosca branca e percevejo, além da mancha alvo no cultivo do algodão de segunda safra. Em seguida, é necessário um planejamento para todas as necessidades do cultivo da safrinha, fertilizantes, defensivos, um bom tratamento de sementes, pensar no armazenamento da colheita, capacitação da mão de obra, etc.”, comenta Zambon.
De acordo com o especialista, é fundamental semear na melhor janela de plantio e escolher sementes certificadas, de alta produtividade, tratadas, com resistência às principais ameaças e adaptadas ao clima e às necessidades de cada região.
Também é importante ter atenção ao manejo de pragas, doenças e plantas daninhas para evitar perdas de rendimento, além de complicações no cultivo do ciclo subsequente. Veja mais dicas do especialista da BASF:
- Realizar o combate da cigarrinha do milho logo cedo, com produtos eficientes, sendo as primeiras aplicações as mais importantes.
- Escolher produtos de alta qualidade e eficiência, além de fazer a rotação dos inseticidas, fungicidas e herbicidas, com diferentes mecanismos de ação, para postergar ao máximo o aparecimento de resistência das pragas.
- Usar fungicidas de forma preventiva, com adição dos chamados fungicidas multissítios em todas as aplicações, para ampliar o espectro de ação e proteger a produtividade.
- Se necessário, escolher cultivares geneticamente modificados, que facilitem o controle de plantas infestantes, pragas e doenças e sejam resistentes ou tolerantes aos nematoides, tudo para ter um final de segunda safra “no limpo” e evitar problemas no ciclo posterior.
- No cultivo do algodão, é importante ter atenção também em relação ao crescimento demasiado das plantas.
“O algodão, sendo uma planta perene, tende a crescer bastante em sua fase vegetativa, o que pode prejudicar o cultivo. Os reguladores de crescimento ajudam a controlar o desenvolvimento do algodoeiro, evitando que cresçam excessivamente. Isso favorece as operações de manejo fitossanitário e colheita, direciona os fotoassimilados produzidos pelas plantas para maior produtividade e resistência, e contribui para maior produção de fibras mais finas e longas, o que pode aumentar o valor do produto no mercado,” finaliza Zambon.