Santo André está com a dengue controlada para a Primavera
Até o último dia 14, a cidade registrou 159 casos da doença, dos quais 38 autóctones e 121 importados, conforme balanço semanal da Gerência de Controle de Zoonose
- Data: 20/09/2013 11:09
- Alterado: 20/09/2013 11:09
- Autor: Elaine Granconato
- Fonte: Secom PSA
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A Secretaria de Saúde de Santo André, por meio da Gerência de Controle de Zoonose, intensificará o trabalho de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue com a chegada da Primavera, a partir da próxima segunda-feira (23). No entanto, o cenário atual mostra que a doença, transmitida pelo Aedes aegypiti, está estabilizada no município. Último levantamento semanal enviado à Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), órgão do governo do Estado, referente a dados de 30 de dezembro de 2012 a 14 de setembro, apontou 159 casos confirmados.
Os números comprovam a eficácia das ações realizadas pela Prefeitura para evitar os casos. “A dengue está sob controle em nosso município, embora nunca tivemos epidemia como em outras cidades do País”, garantiu o biólogo Robson Oliveira Lopes, responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos de Santo André. Aliás, desde o mês de junho os casos tiveram diminuição significativa. Entre uma ou duas ocorrências, no máximo, confirmadas. Alguns períodos, como de 16 a 22 de junho, 30 de junho a 13 de julho, 21 de julho a 3 de agosto e de 18 de agosto a 14 de setembro, não registraram nenhum caso.
E outro dado interessante dos casos confirmados: os importados (121) são maiores que os autóctones (38) – quando a pessoa contrai a dengue dentro da cidade. Ou seja, a pessoa contraiu a doença em outra localidade que não no município onde mora. “É mais uma prova que estamos no caminho certo. As nossas ações de trabalho em campo, como mutirões nas divisas e nebulizações (borrificação de veneno para matar o mosquito e também conhecida como fumacê) para, surtiram o efeito esperado, principalmente com a queda da temperatura dos últimos meses”, avaliou o biólogo.
ORIGEM – Mas uma dúvida pode pairar na cabeça da população referente aos casos importados, principalmente de municípios vizinhos. Questionada como é possível confirmar que determinada pessoa, moradora em um local, foi picada em cidade divisa, a médica Selma Costa, da Vigilância Epidemiológica de Santo André, órgão vinculado à Secretaria de Saúde, explicou ser, tecnicamente, por meio do LPI (Local Provável da Infecção). “Infelizmente, 100% de certeza não podemos ter, mas chegamos bem perto”, afirmou.
A profissional explicou que, nestes casos, é perguntado o deslocamento da pessoa nos últimos 15 dias, tempo de incubação do vírus da dengue, além de outras indagações como, se viajou, onde estuda, onde trabalha, tempo de permanência que ficou ou fica em cada local. “Dependendo do lugar, saberemos se por onde passou há área de transmissão da dengue. E, com base nisso, decidimos o LPI”, explicou Selma. Por exemplo, a pessoa mora em Santo André e trabalha em Santos, o Local Provável da Infecção é Santos.
O LPI é importantíssimo, segundo a médica. “Ele que indicará as ações diferenciadas no controle da dengue do município”, ressaltou. Se o caso for importado, o bloqueio de criadouros é uma das alternativas, ou seja, tirar a água parada e larvas de mosquitos. A colocação de venenos é para os casos onde não há possibilidade da eliminação do criadouro, como os tambores de água de abastecimento sem tampa, além de atividades educativas para orientação aos moradores.
Quanto aos autóctones, há necessidade de fazer nos quarteirões, ao redor da residência do caso positivo, o bloqueio de criadouros e a nebulização para matar a forma alada, que é o mosquito adulto. Em Santo André, até o último dia 14, foram realizadas 84 nebulizações em vários pontos da cidade.
SINTOMAS – Em casos de suspeita da dengue, a pessoa deve procurar, imediatamente, por um serviço de saúde. Os aspectos mais comuns são febre alta, dores articulares e musculares, dor de cabeça, dor na região atrás dos olhos, manchas avermelhadas pelo corpo, cansaço, vômito e diarreia – vale ressaltar que o quadro febril deve estar associado a dois ou mais sintomas. A ação mais simples para se prevenir a dengue é evitar o nascimento do mosquito, uma vez que não existe vacina. A fêmea coloca seus ovos em locais com água limpa e parada.