Rússia pretende iniciar vacinação em massa contra o coronavírus em outubro
No início desta semana, autoridades russas haviam indicado que uma vacina deveria ser registrada até meados de agosto, permitindo a vacinação de forma mais abrangente
- Data: 01/08/2020 17:08
- Alterado: 01/08/2020 17:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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A Rússia pretende iniciar em outubro uma vacinação ampla contra a covid-19 para a população. O plano foi anunciado neste sábado, 1.º, pelo ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, segundo agências de notícias internacionais. Ele indicou que a ideia é vacinar primeiro profissionais de saúde e professores.
No início desta semana, autoridades russas indicaram que uma vacina russa, em desenvolvimento pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, deveria ser registrada até meados de agosto, permitindo a vacinação de forma mais abrangente. Segundo Murashko, a vacina, que utiliza como base o adenovírus, já completou os testes clínicos e a documentação para seu registro já está sendo preparada.
Valentina Matviyenko, presidente do Conselho da Federação Russa (câmara alta da Assembleia Federal da Rússia), afirmou recentemente em coletiva de imprensa que a produção de uma vacina contra o coronavírus pode começar na Rússia antes do final do ano. “Os russos terão a oportunidade de se vacinar antes do final do ano”, ressaltou. “Definitivamente, somos o primeiro país a anunciar vacinas testadas clinicamente, o que é muito importante”, acrescentou Matviyenko.
Parte da mídia internacional vem criticando a rapidez do processo de aprovação da vacina, e questiona se o governo russo está colocando o prestígio internacional acima da ciência e da segurança da população. O chefe do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), Kirill Dmitriev, comparou o sucesso da Rússia no desenvolvimento de uma vacina ao lançamento do Sputnik 1, primeiro satélite artificial do mundo, pela União Soviética em 1957.
Segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, a Rússia registrou até agora 843 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e 14 mil mortos, sendo o país com o quarto maior número de infectados e na 11ª colocação na lista das nações com o maior número de mortos.
Em todo o mundo, a universidade computa um total de 17,62 milhões de casos de covid-19, dos quais 4,56 milhões nos EUA, o país com o maior número de infectados, seguido pelo Brasil, com 2,66 milhões, e pela Índia, com 1,69 milhão. O número de mortes totaliza 680,5 mil, sendo 153,39 mil registradas nos EUA, 92,47 mil no Brasil e 46,68 mil no México.