Riscos do sedentarismo

Segundo a OMS, até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fizesse mais exercícios

  • Data: 22/09/2021 08:09
  • Alterado: 22/09/2021 08:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Marcia Simões
Riscos do sedentarismo

Crédito:Divulgação

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Não é vergonha nenhuma admitir que está sedentário. Pelo contrário. Segundo a diretora técnica da Higia Clinic, a médica Marcia Simões, ter essa consciência é o primeiro passo para mudar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fizesse mais exercícios.

A médica lembra que a prática de exercícios físicos é essencial para manter a saúde em dia, além de contribuir para uma boa saúde mental, combatendo o estresse, ansiedade e depressão. A pandemia da COVID-19 trouxe um aumento de 90% nos casos de depressão, segundo levantamento feito pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro): a prevalência de pessoas com estresse agudo subiu de 6,9% para 9,7% (aumento de 40%), casos de depressão saíram de 4,2% para 8% e casos de crise aguda de ansiedade foram de 8,7% para 14,9% (alta de 71%).

Para ser considerado fisicamente ativo, é necessário realizar qualquer prática de atividade física por mais de 150 minutos semanais, ou seja, por meia hora durante cinco dias por semana. Se a atividade for vigorosa, 75 minutos semanais são suficientes. “Sair do sedentarismo exige disciplina e planejamento. A dica é encontrar uma atividade que traga prazer”, afirma a médica.

Márcia lembra que muitos pacientes colocam barreiras como o tempo disponível, mas indica que a prática seja vista como um compromisso. “É como tomar banho e se alimentar todos os dias, quando os exercícios são incluídos na rotina, se tornam um hábito, o corpo responde de forma positiva e você passa a fazer isso de maneira natural e prazerosa com o tempo”, afirma. Durante a prática, o cérebro libera endorfina, substância que regula as emoções e traz a sensação de bem-estar, aliviando as tenções e a ansiedade.

A sugestão da médica é dar o primeiro passo. “Caminhar por 30 minutos pelas ruas do bairro já traz os benefícios do exercício para a saúde. Quando o corpo começa a se acostumar com a atividade, pode ser que comece a pedir mais: aumentar o tempo do exercício ou procurar atividades mais desafiadoras”, afirma. “Experimente diferentes atividades em diferentes horários. Pode ser pela manhã, ao acordar, após o trabalho, no fim do dia! Encontre a atividade e o horário que esteja de acordo com a sua realidade”, convida. Márcia lembra ainda que fortalecer os músculos é essencial no tratamento de algumas doenças além e ajudar no controle e prevenção da pressão alta, diabetes e alterações no metabolismo. “É importante buscar acompanhamento médico, verificar a saúde geral com exames físicos e de sangue e buscar orientação profissional para que a prática dos exercícios esteja de acordo com o seu estado de saúde”, alerta.

Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, no Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas. Os homens apresentaram uma taxa de 32,1%. Mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%).

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