Risco de infecção pelo coronavírus cai pela metade 13 dias após 1ª dose da Pfizer
O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose
- Data: 07/06/2021 21:06
- Alterado: 07/06/2021 21:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Heudes Regis / SEI
Entre o 13º e 24º dia após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 reduz em 51,4% o risco de infecção pelo novo coronavírus, revela estudo conduzido em Israel e publicado nesta segunda-feira, 7, na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association). Já a efetividade para casos sintomáticos de covid-19 é de 54,4%.
Entre os 3.098 casos confirmados de covid-19 na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias, enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia. Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16 – ou seja, para cada cem mil pessoas, houve 43,41 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21,08 no segundo.
Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%. O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.
Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um “controle eficiente da pandemia”. Principalmente, segundo ela, em se tratando da primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech que oferece proteção similar à conferida por duas doses de vacinas como a Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose para diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus. “Mesmo com esse resultado bom da primeira dose é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia [no caso do imunizante da Pfizer/BioNTech]”, diz Stucchi.