Retomada da vida social é motivo de angústia para algumas pessoas
Segundo a psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Baliero, para algumas pessoas essa volta à rotina de interação é uma ação que tende a ser dolorosa
- Data: 25/09/2021 08:09
- Alterado: 25/09/2021 08:09
- Autor: Redação
- Fonte: Hospital Edmundo Vasconcelos
Crédito:Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O extenso período de isolamento social e o ainda constante medo de contaminar-se com a Covid-19 promoveram impacto significativo na saúde emocional e vem se refletindo em dificuldade para planejar a retomada gradual das atividades sociais. Para algumas pessoas, segundo a psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Baliero, essa volta à rotina de interação é uma ação que tende a ser dolorosa e merece atenção.
Segundo a psicóloga, tentar um equilíbrio entre o cuidado físico e psíquico é essencial nesta realidade de pandemia que ainda exige cautela. Como um primeiro passo, a psicóloga conta que é preciso identificar o motivo que torna o retorno presencial angustiante. “Distanciar-se por completo do contato com as pessoas não é saudável. Por isso, compreender se o receio é pelo medo da contaminação ou de reviver problemas que foram adormecidos nesta rotina online é crucial para a evolução do quadro”, esclarece.
Em ambos os cenários apontados pela especialista, um fator é essencial: o respeito pelo que se sente. “É um processo de readaptação e, portanto, não podemos cobrar a mesma eficiência e produtividade anterior ou mesmo da vida online. Respeitar os sentimentos é primordial, por isso, quando sentir angústia, ansiedade, pare, respire, lave o rosto e desligue o botão da responsabilidade por alguns instantes”, aconselha Marina.
No entanto, nem sempre só as pausas e atenção aos sinais são suficientes e o acompanhamento com especialista torna-se indispensável. “Essa dor em pensar em voltar para a vida social pode vir acompanhada de um histórico de problemas passados de ansiedade e introspecção, por exemplo. Portanto, esse caso pode exigir um apoio especializado e individualizado a cada paciente”, reforça.Apesar de não existir uma maneira única de lidar com esta situação, vale ficar atento a alguns aspectos:
– Retome a sociabilização de forma gradual e respeitando seus momentos e sentimento;
– Procure ajuda profissional. Não tenha vergonha disso;
– Não cobre de si a mesma produtividade e eficiência anterior ao período de pandemia;
– Lembre que é um processo de readaptação: formatos híbridos tendem ser melhores;
– Sempre que se sentir ansioso e angustiado, dê uma pausa e respire fundo;
– Mantenha os cuidados contra a Covid-19 e vacine-se.