Ressurgimento de forças anti-Assad ameaça bases russas na Síria
Tabuleiro geopolítico se intensifica.
- Data: 04/12/2024 16:12
- Alterado: 04/12/2024 16:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Kremlin/Divulgação
Nos últimos anos, o cenário geopolítico no norte da Síria tem se tornado cada vez mais complexo, principalmente com o ressurgimento das forças contrárias ao regime de Bashar al-Assad. Este movimento ameaça as bases militares estratégicas da Rússia na região, nomeadamente a base aérea de Hmeimin e o porto de Tartus. A ofensiva liderada pelo grupo radical islâmico HTS (Organização para a Libertação do Levante) destaca-se como uma preocupação central, uma vez que pode comprometer o acesso a essas instalações caso consigam romper as defesas sírias e russas em Hama.
A presença militar russa na Síria, estabelecida solidamente desde 2015 com apoio aéreo e cerca de 5.000 homens, é crucial para Moscou tanto em termos de influência política quanto de estratégia militar. No entanto, com a Rússia agora desviando sua atenção para a Ucrânia, há incertezas sobre a solidez de suas defesas no Oriente Médio. Mesmo assim, o Kremlin continua demonstrando força através de exercícios militares que incluem mísseis hipersônicos Tsirkon e Kalibr, além de sistemas antiáereos avançados.
A situação é ainda mais complicada devido à diversidade de interesses regionais. A Turquia apoia grupos rebeldes contra Assad, mas também combate os curdos. O Irã enfrenta desafios internos e externos, afetando seu apoio ao regime sírio e ao Hezbollah. Assim, enquanto a Rússia reafirma seu compromisso com Assad, a realidade no terreno continua volátil e imprevisível.
Essa dinâmica reflete um tabuleiro geopolítico intrincado onde cada movimento pode ter consequências significativas para o equilíbrio de poder na região e além. A complexidade das alianças e rivalidades locais torna difícil prever o desfecho deste conflito renovado, que permanece como um dos principais pontos de tensão global.