Relatório do STJD vê provas ‘imprestáveis’ e sugere penalidades a Textor
O dirigente fez a denúncia com base em um relatório de uma empresa de inteligência artificial.
- Data: 05/07/2024 16:07
- Alterado: 05/07/2024 16:07
- Autor: Redação
- Fonte: Uol/FolhaPress
Crédito:Vitor Silva/Botafogo
O inquérito instaurado pelo STJD para apurar as denúncias de John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre manipulação de resultados foi concluído nesta sexta-feira (5).
O relatório classifica como “imprestáveis” as provas apresentadas pelo empresário. Além disso, sugere pena de R$ 2 milhões e suspensão por 2.340 dias devido ao que foi considerado ilícitos desportivos praticados por Textor contra atletas, clubes e árbitros.
Textor fez a denúncia com base em um relatório de uma empresa de inteligência artificial. Ele afirmou que o jogo entre Palmeiras e São Paulo, em outubro do ano passado, foi manipulado por, ao menos, cinco jogadores do Tricolor.
As denúncias de Textor foram contestadas no STJD. Palmeiras, São Paulo, Associação de atletas e dos árbitros fizeram representações, o que gerou a abertura de inquérito.
O inquérito foi presidido pelo Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva. Durante a apuração, Textor apresentou o que classificou como “provas irrefutáveis” de manipulação.
Após análise, o auditor concluiu que as provas eram “imprestáveis”. Ele fez ainda duras críticas ao que a “Good game” adota como caminho para chegar às conclusões sobre os jogos .
O relatório contesta a metodologia empregada para chegar a tais resultados. Neste quesito, diversos pontos são citados, como “superdependência de dados quantitativos”, “ausência de transparência metodológica”, “subjetividade na interpretação”, “ausência de validade e confiabilidade”, entre outros.
O documento aponta ainda ilícitos contra sete entidades desportivas, nove atletas e nove árbitros. Além disso, foram constatadas infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito.