Relatora da CPI das Fake News pede investigação sobre Hans por falso testemunho

A relatora da CPMI das Fake News, Lídice da Mata (PSB), pediu à PGR abertura de investigação contra Hans River, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows, por falso testemunho

  • Data: 13/02/2020 14:02
  • Alterado: 13/02/2020 14:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Relatora da CPI das Fake News pede investigação sobre Hans por falso testemunho

Hans River deverá ser investigado por falso testemunho na CPMI das Fake News

Crédito:Jane Araújo/Agência Senado

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Hans River do Nascimento foi ouvido na terça-feira, 11, pela comissão e insultou a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Nascimento disse que a jornalista “queria sair” com ele em troca de informações para uma reportagem.

No pedido, a deputada Lídice da Mata diz que Nascimento apresentou diversas informações que, posteriormente, “viriam a se mostrar inconsistentes ou inverídicas”.

No dia seguinte ao depoimento de Nascimento, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu em publicação no Twitter: “Falso testemunho, difamação e sexismo têm de ser punidos no rigor da lei”. “Atacar a imprensa com acusações falsas de caráter sexual é baixaria com características de difamação”, afirmou Maia, pelo Twitter.

No mesmo dia do depoimento, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) replicou as acusações de River no plenário da Câmara e em seu Twitter. “Eu não duvido que a senhora Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha, possa ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro”, disse o parlamentar, filho “03” do presidente da República.

Reação de jornalistas e associações

As falas de Nascimento e Eduardo foram repudiadas por associações de jornalistas. Mais de 2,4 mil mulheres jornalistas assinaram na quarta-feira, 12, manifesto de apoio à repórter Patrícia Campos Mello.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também repudiou as “alegações difamatórias” de Eduardo. “É assustador que um agente público use seu canal de comunicação para atacar jornalistas cujas reportagens trazem informações que o desagradam, sobretudo apelando ao machismo e à misoginia”, disse a Abraji.

Disparos

O episódio fez com que Patrícia fosse alvo de ofensas machistas nas redes sociais. Em 2018, ela publicou uma série de reportagens sobre a ação de empresas que faziam disparos em massa de mensagens por WhatsApp para influenciar o voto nas eleições presidenciais. A Yacows era uma delas.

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  • Data: 13/02/2020 02:02
  • Alterado:13/02/2020 14:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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