Rede AmorSaúde se mobiliza em campanha nacional contra o HIV
No Dezembro Vermelho, clínicas populares promovem ações para conscientização sobre a prevenção do HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis
- Data: 22/12/2022 14:12
- Alterado: 15/08/2023 13:08
- Autor: Redação
- Fonte: AmorSaúde
Rede AmorSaúde se mobiliza em campanha nacional contra o HIV
Crédito:Divulgação
Com o tema “Toda forma de prevenção vale a pena”, a AmorSaúde, a maior rede de clínicas populares do Brasil, atualmente com mais de 400 unidades distribuídas em todos os estados do país, está promovendo uma série de ações para a conscientização sobre a prevenção do HIV e outras ISTs-Infecções Sexualmente Transmissíveis, em apoio ao Dezembro Vermelho.
Por meio de orientações divulgadas em todas as unidades e plataformas digitais da rede, a AmorSaúde destaca a importância das medidas de autocuidado como o uso do preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais, o não compartilhamento de seringas e agulhas e, em uma situação de urgência, a utilização de uma medicação pós-exposição ao vírus. Além disso, para incentivar o diagnóstico precoce, durante todo o mês de dezembro, a rede oferecerá uma condição especial para a primeira consulta médica particular, em qualquer área clínica, pelo valor de R$ 40, válida em todas as unidades, facilitando o acesso ao cuidado da saúde.
Segundo o médico ginecologista Dr. Fábio Pereira Lage, que atende na clínica AmorSaúde de Itajaí-SC, a campanha de Dezembro Vermelho tem um papel fundamental. “Inegavelmente esse tipo de campanha tem uma importância extremamente grande no papel não só de prevenção, mas também de conscientização a respeito dessa doença. Como a Aids é uma patologia em que não há cura, a despeito de todos os tratamentos que são oferecidos, a prevenção, sem dúvida, é o melhor caminho. E informação é algo que constitui a melhor forma de prevenção, aponta Dr. Fábio.
Instituída pela Lei nº 13.504/2017, a campanha nacional Dezembro Vermelho é formada por um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento ao HIV/Aids e às demais ISTs. As ações são realizadas tanto pela administração pública como por entidades da sociedade civil e instituições privadas. O mês escolhido para a campanha deve-se ao fato do Dia Mundial de Combate à Aids ser celebrado no dia 1º de Dezembro, data definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1988, período em que o tema começou a ganhar mais espaço no debate público.
Avanços e obstáculos
Com o passar do tempo e os avanços da medicina, muitas mudanças ocorreram em relação ao tratamento e diagnóstico do HIV/Aids. Apesar de ainda não haver cura, o uso de medicamentos antirretrovirais age inibindo a multiplicação do vírus HIV no organismo, prevenindo a evolução para a Aids (doença causada pelo vírus HIV). Com isso, o que antes era uma condição quase sempre fatal, hoje, com o tratamento adequado, pode ser considerado um problema de saúde crônico, com boas expectativas de vida.
Uma outra mudança ocorrida nos últimos anos se refere à troca de terminologia de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Segundo o Ministério da Saúde, o termo IST passou a ser adotado em substituição à expressão DST, porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Entre as principais ISTs, estão: Herpes genital; Cancro mole (cancroide); HPV; Gonorreia; Sífilis; Infecções por Clamídia; Tricomoníase e Hepatites virais B e C.
No entanto, apesar dos avanços nestas áreas, um aspecto continua até o presente: o preconceito, que se configura como um obstáculo tanto para o diagnóstico precoce como para a prevenção. “Infelizmente, vivemos em uma sociedade que ainda se mostra muito discriminatória. Ainda nos dias de hoje há o preconceito, mesmo que velado, de doenças como a Aids”, afirma o Dr. Fábio Lage.
Ademais, outro ponto preocupante, como destaca o médico, é o alto índice de contágio que permanece na atualidade. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, somente no ano passado foram 50 mil novos casos no Brasil, com isso, o número de pessoas com HIV no país passou de 900 mil. No mundo todo, 38,4 milhões de pessoas vivem com HIV. “Apesar de todas as campanhas que são feitas, há um aumento nos casos de contágio pelo HIV. Além disso, uma recusa de uma grande parte da população ao uso de meios de prevenção também faz com que haja esse aumento. Isso nos faz pensar que campanhas como Dezembro Vermelho não devem parar nunca”, pontua.
Como existe a possibilidade de uma pessoa ter sido contaminada pelo vírus, mas não apresentar sintomas, é fundamental realizar consultas e exames médicos regulares. “Sempre que houver uma possível exposição ao HIV ou sempre que houver atitudes de risco para tal infecção deve-se fazer o teste diagnóstico. Atualmente, testes mais novos conseguem identificar marcadores que se encontram mais cedo no sangue, possibilitando um diagnóstico mais precoce”, explica o Dr. Fábio Lage.