Quedas de idosos são mais comuns, saiba como prevenir
Grande parte das quedas acontece em casa, como em pisos escorregadios, tapetes, objetos deixados no chão e até mesmo pets podem resultar em um tombo
- Data: 04/07/2022 10:07
- Alterado: 17/08/2023 01:08
- Autor: Redação
- Fonte: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO)
Idosa
Crédito:Tomaz Silva - Agência Brasil
Cerca de 70% dos pacientes transferidos para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), encaminhados de outras unidades de saúde, entre janeiro e abril de 2022, sofreram algum tipo de queda. Dados do Instituto revelam ainda que o acidente é mais comum entre idosos: das 115 pessoas que foram transferidas para instituição especializada em ortopedia após caírem, mais de 76% têm 60 anos ou mais.
Entre os fatores que explicam a maior incidência de quedas nesta faixa etária, um dos mais significativos é a perda de massa muscular, conhecida como sarcopenia. “O nível de fragilidade do idoso acaba aumentando porque a sarcopenia tem influência direta na perda de força e equilíbrio”, explica o chefe do Centro de Quadril do INTO, Lourenço Peixoto. As chances de queda também estão relacionadas a outros fatores de risco, como problemas de visão e labirintite, típicas do envelhecimento.
É importante destacar que grande parte das quedas acontece em casa, como em pisos escorregadios, tapetes, objetos deixados no chão e até mesmo pets podem resultar em um tombo. Na rua, os idosos enfrentam outros tipos de obstáculos, como buracos, desníveis de piso e ambientes com baixa iluminação.
Apesar de ser um acidente comum, é preciso ficar atento às quedas. Segundo Lourenço, os idosos têm mais potencial para desenvolver fraturas graves do que indivíduos jovens. “A queda é um trauma de baixa energia, mas que pode provocar consequências graves com necessidade de tratamento cirúrgico e, alguns desfechos, podem até levar à morte”, explica.
As principais fraturas sofridas pelo idoso ao cair são: a do fêmur proximal, normalmente cirúrgica e com prognóstico ruim se não tratada precocemente; a da bacia; do ombro; do úmero proximal e do punho. O tempo de recuperação dessas lesões pode ser longo entre os mais velhos.
“São pessoas que, no geral, já possuem algum tipo de comorbidade e, durante a internação, têm maior potencial de agravar sua condição respiratória, sua situação cardiovascular e outras questões clínicas relacionadas”, ressalta o especialista Peixoto.
O médico lembra que as ações preventivas são fundamentais para reduzir os riscos. Medidas simples como o uso de tapetes emborrachados e a instalação de barras de segurança nos banheiros em casa, além da prática de atividades físicas que fortaleçam a musculatura e a visita regular ao oftalmologista podem evitar esse tipo de acidente. No site do INTO, é possível acessar a cartilha sobre prevenção de quedas, disponível em https://bityli.com/vrnydj.