Popularidade de Janja chega ao menor patamar desde o início do governo Lula
Pesquisa Quaest aponta declínio na avaliação positiva da primeira-dama, com maior impacto entre eleitores nordestinos e apoiadores do presidente Lula
- Data: 26/12/2024 10:12
- Alterado: 26/12/2024 10:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão
Crédito:Ricardo Stuckert / PR
A percepção dos brasileiros em relação à primeira-dama, Rosângela da Silva, popularmente conhecida como Janja, sofreu uma queda acentuada em 2024, conforme indicado por uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest no início de dezembro. Os dados revelam que a porcentagem de eleitores que consideram seu desempenho positivo diminuiu substancialmente desde o início do governo.
Dados da pesquisa
De acordo com o levantamento, apenas 30% dos entrevistados classificam a atuação de Janja como regular, uma ligeira redução em comparação aos 32% registrados na pesquisa anterior e uma queda significativa em relação aos 22% obtidos no início do governo. Além disso, 20% dos participantes da pesquisa se mostraram indecisos sobre sua avaliação.
A pesquisa abrangeu 8.598 brasileiros com 16 anos ou mais, coletando opiniões entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, com um nível de confiança estabelecido em 95%.
Comparação com o presidente
Em contraste, a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostra um pouco mais favorável, com 34% dos entrevistados considerando-o regular, enquanto 33% expressam uma opinião positiva e 31% negativa. Adicionalmente, 2% não souberam responder à questão. A aprovação do trabalho do presidente Lula está em torno de 52%, enquanto 47% desaprovam suas ações.
Impactos regionais e eleitorais
A deterioração da imagem da primeira-dama é especialmente notável na região Nordeste, onde a aprovação caiu de 56% em fevereiro do ano passado para apenas 29%. Eleitores que apoiaram Lula no segundo turno também demonstraram descontentamento, com uma queda drástica de 30 pontos percentuais: a avaliação positiva de Janja por esse grupo passou de 66% para atuais 36%.
Além disso, a avaliação negativa em relação a Janja é predominante entre eleitores que apoiaram Jair Bolsonaro (58%), pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos (39%), aqueles com ensino superior incompleto ou mais (37%), homens (34%), evangélicos (34%) e cidadãos residentes nas regiões Sul (33%) e Sudeste (32%).