Polícia Federal investiga médicos por fraude em registro de ponto em Porto Alegre

11 médicos foram demitidos por justa causa

  • Data: 14/01/2025 12:01
  • Alterado: 14/01/2025 12:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
Polícia Federal investiga médicos por fraude em registro de ponto em Porto Alegre

Polícia Federal

Crédito:Polícia Federal - Divulgação

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A Polícia Federal (PF) revelou que um grupo de médicos concursados, com salários variando entre R$ 14 mil e R$ 31 mil, está sob investigação por suspeita de fraudes no registro de ponto. A operação, que ocorreu no Hospital Conceição, localizado na Zona Norte de Porto Alegre, resultou na demissão por justa causa de 11 profissionais, conforme comunicado do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Na manhã desta terça-feira (13), a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão no estado do Rio Grande do Sul, dando continuidade às apurações iniciadas em novembro de 2023. De acordo com as investigações, os médicos eram acusados de registrar o início da jornada laboral e posteriormente se ausentar para realizar atendimentos em clínicas particulares ou em outras instituições hospitalares.

Segundo a PF, esses profissionais retornavam ao hospital no final do expediente apenas para assinar o ponto, fazendo parecer que haviam cumprido toda a carga horária prevista. Em nota oficial, a Polícia Federal destacou: “A fraude não só ocasiona prejuízos financeiros significativos ao Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), que não recebe os serviços pelos quais paga, como também impacta negativamente os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que há menos médicos trabalhando efetivamente do que os registrados nos pagamentos”.

O GHC relatou que um dos médicos foi demitido sumariamente sem a necessidade de processo administrativo devido à gravidade das infrações. Para os outros dez profissionais, foram instaurados processos administrativos que respeitaram rigorosamente o direito ao contraditório e à ampla defesa, culminando na decisão de demissão por justa causa e na determinação de devolução dos valores indevidamente recebidos.

A operação foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima e envolveu um período de seis meses para coleta de provas. Os médicos indiciados podem ser responsabilizados por estelionato contra entidade pública.

Em nota adicional, o Grupo Hospitalar Conceição reafirmou seu compromisso com a ética e transparência na gestão pública, assegurando que continuará implementando medidas rigorosas para garantir a integridade dos serviços prestados à população.

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  • Data: 14/01/2025 12:01
  • Alterado:14/01/2025 12:01
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