PF encerra caso Adélio e repete que ele agiu sozinho em ataque a faca a Bolsonaro

Polícia Federal vê elo de advogado com crime organizado mas sem ligação com tentativa de assassinato do ex-presidente

  • Data: 11/06/2024 10:06
  • Alterado: 11/06/2024 10:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Julia Chaib/Folhapress
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Adélio Bispo de Oliveira, autor de ataque contra Jair Bolsonaro

Crédito:Reprodução

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A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (11) uma operação sobre o atentando a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em conversa com jornalistas nesta manhã que a operação encerra o caso de Adélio, responsável por esfaquear Bolsonaro.

Segundo Andrei, a operação desta terça mirou um advogado de Adélio, que teve comprovada relações com o crime organizado. Apesar disso, o diretor afirmou que o advogado não teve relação com a facada.

“O advogado é ligado ao crime organizado. Mas [não há] nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de assassinato do ex-presidente. Nós informamos ao Judiciário, sugerindo o arquivamento dessa parte do inquérito”, disse Andrei.

“Adélio agiu sozinho e a conclusão do inquérito”, afirmou. A PF, após a conclusão, pediu o arquivamento do caso.

“Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Outros possíveis delitos foram descobertos, relacionados a um dos advogados de defesa do envolvido no ataque, mas sem qualquer ligação com os fatos investigados”, afirmou a PF em nota.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, no último ano do governo Bolsonaro, a PF passou a investigar a relação da facção criminosa PCC com pagamentos para a defesa de Adélio.

A linha de investigação seguida à época contrariava as conclusões anteriores e indicava uma tese considerada inconsistente pela atual direção da PF, que vê fragilidades nos indícios citados.

Até o 2022, quando a PF passou a seguir essa linha de apuração, dois inquéritos da tinham apontado que Adélio agiu sozinho.

A PF sob Bolsonaro passou a investigar a suposta relação do PCC com o caso a partir da descoberta de pagamentos de acusados de integrar a facção para um dos advogados que defendeu Adélio, mas que foram feitos dois anos depois da tentativa de assassinato de Bolsonaro.

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  • Data: 11/06/2024 10:06
  • Alterado: 11/06/2024 10:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Julia Chaib/Folhapress









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