Pazuello diz que propostas de vacinas são ‘pífias’, mas pode comprar a da Pfizer
Em audiência pública no Congresso Nacional hoje, 2, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chamou de "pífias" as propostas apresentadas por desenvolvedoras de vacinas ao Brasil
- Data: 02/12/2020 14:12
- Alterado: 02/12/2020 14:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Pazuello diz que propostas de vacina são "pífias"
Crédito:Marcos Corrêa/PR
Ele sugeriu, no entanto, que pode comprar o modelo da Pfizer, por meio do consórcio Covax Facility. A Pfizer ainda negocia a entrada na Covax Facility, consórcio internacional liderado pela Organização Mundial da Saúde.
“Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e cronograma de entrega efetivo para nosso País. Quando a gente chega no fim das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. Números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias” disse Pazuello.
Sem citar uma farmacêutica, o ministro também disse que há “campanha publicitária muito forte” para venda de vacina, mas que as propostas não têm agradado. “Na hora que vai efetivar a compra, vai escolher, não tem bem aquilo que tu quer, o preço não é bem aquele, e a qualidade não é aquela“, disse.
Pazuello afirmou que o Brasil pode ter 300 milhões de doses em 2021, sendo cerca de 100 milhões entregues pela AstraZeneca até o fim do primeiro semestre, além de outras 160 milhões de unidades, do mesmo modelo, que serão fabricadas pela Fiocruz. Além disso, outras 40 milhões seriam compradas pela Covax Facility.
O Reino Unido foi o primeiro país a autorizar, nesta quarta-feira, 2, o uso da vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a BioNTech. A expectativa é que nas próximas semanas 800 mil doses estarão disponíveis para a população. Por meio deste consórcio, o Brasil espera comprar imunizante para 10% da população.
“O Brasil aderiu a esse consórcio desde o desenvolvimento das vacinas, já com opção de compra, recebimento de 42 milhões de doses, que poderá ser de uma das 10 fabricantes (que participam da Covax). Inclusive a própria AstraZeneca ou a Pfizer, por exemplo. Estão no consórcio”, disse o ministro.