Parem de xingar meu filho, diz mãe de criança exposta em vídeo de Pablo Marçal

Ela reclama de que tem perdido dias de trabalho porque precisa cuidar do menino que não quer ir para escola. 

  • Data: 10/10/2024 20:10
  • Alterado: 10/10/2024 20:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Parem de xingar meu filho, diz mãe de criança exposta em vídeo de Pablo Marçal

Crédito:Reprodução

Você está em:

A mãe de um menino de 11 anos diz que a vida da família virou um inferno desde que ele apareceu, em setembro, em um vídeo de campanha e nas redes sociais de Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado a prefeito de São Paulo. 

Marçal esteve no Morro Doce, na região de Anhanguera (zona norte), e pediu para o garoto escrever o nome do bairro no gesso que o candidato usava no braço depois de ser atingido por uma cadeira lançada por José Luiz Datena (PSDB) em um debate. O garoto teve dificuldade para escrever e, com o alcance do vídeo, passou a ser chamado de analfabeto e burro na escola e no bairro onde vive. 

O caso foi revelado pelo portal Metrópoles. Na terça-feira (8), de acordo com a mãe, uma motorista de aplicativo de 34 anos, após mais um episódio de bullying praticado por um aluno do 9º ano -o filho está no 7º-, ele foi se defender e acabou sendo agredido com socos no rosto. 

Ela diz que quer que as pessoas parem de xingar o menino, que segundo ela foi diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e aguarda exame neurológico para possível diagnóstico de autismo. 

Ainda de acordo com a mãe, desde que o vídeo foi ao ar, o menino está com muita vergonha e se recusa a ir para a escola. A agressão ocorreu no segundo dia que ele aceitou voltar para o colégio. 

A situação tem afetado até o irmão de 16 anos, que estuda na mesma sala do agressor. A mãe conta que o filho adolescente é bom aluno e dava aulas de xadrez para as crianças à tarde. Mas tenta defender o irmão das agressões e xingamentos, e a situação tem atrapalhado seu rendimento. 

A equipe de Marçal chegou a procurá-la, afirma, dizendo que daria suporte ao menino. Mas não apareceu mais. 

O ex-candidato foi procurado via assessoria de imprensa nesta quarta (9) e quinta-feira (10). A assessoria afirmou que encaminhou a solicitação e posicionaria, mas não respondeu até a publicação deste texto. 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, afirmou que repudia qualquer ato de violência dentro ou fora do ambiente escolar. 

“Os dois estudantes foram acolhidos e os responsáveis, convocados. O Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem, composto por psicólogos e psicopedagogos, acompanha o caso. A unidade educacional irá reforçar o incentivo à cultura de paz com atividades diárias e rodas de conversa com apoio das Mães Guardiãs e da Comissão de Mediação de Conflitos”, afirmou. 

Compartilhar:

  • Data: 10/10/2024 08:10
  • Alterado:10/10/2024 20:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados