Papa convida líder católico que defende direitos LGBT+ para conferência do Vaticano
Pontífice já fez vários pedidos de respeito a minorias nos últimos dez anos; mulheres também terão direito de votar no Sínodo dos Bispos, uma das principais assembleias da Igreja Católica
- Data: 09/07/2023 17:07
- Alterado: 09/07/2023 17:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
James Martin
Crédito:Reprodução/Twitter
O Sínodo dos Bispos – um grande encontro que reúne bispos católicos do mundo todo e o Papa Francisco para discutir questões importantes para a Igreja Católica – vai ser realizado em outubro. Entre os convidados deste ano, conforme lista divulgada pelo Vaticano na semana passada, está o jesuíta americano James Martin, conhecido defensor dos católicos LGBT+.
Antes do sínodo, uma sondagem com católicos de diversos países indicou que os fiéis gostariam de ver atitudes concretas em relação à “inclusão radical” da comunidade LGBT+. Ao longo de seu papado de 10 anos, Francisco (que também é jesuíta) mostrou que alcançar os católicos LGBT+ era uma prioridade. Uma das questões debatidas no sínodo será justamente como dar as boas-vindas a esse grupo na Igreja.
Francis DeBernardo, chefe de um grupo com sede nos Estados Unidos que defende os católicos LGBT+, chamou de “esperançoso” que Martin, assim como vários bispos americanos que expressaram abertura para melhorar a inclusão dos fiéis de orientações sexuais diversas, participem do encontro.
Presença de mulheres com poder de voto é outra novidade
Outra novidade do sínodo será a presença de mulheres com direito a voto. Entre os nove presidentes da assembleia, há duas mulheres: a freira mexicana María de los Dolores Palencia e a japonesa Momoko Nishimura. Ainda há cinco mulheres entre os dez representantes dos Sindicatos de Superiores e Superioras Gerais.
O processo sinodal continua em 2024, com uma segunda fase. Após sua conclusão, espera-se que o Papa Francisco emita um documento considerando as propostas apresentadas pelos delegados.