Odair Hellmann admite oscilação e lamenta tempo escasso para acertar ataque do Santos
O treinador fez questão de frisar que o time melhorou defensivamente, sofrendo somente um gol, na derrota para o Grêmio, nos últimos sete jogos
- Data: 26/04/2023 22:04
- Alterado: 26/04/2023 22:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Miguel Schincariol / AFP
Odair Hellmann iniciou a coletiva desta quarta-feira salientando a melhora do Santos após a queda precoce no Paulistão. O treinador fez questão de frisar que o time melhorou defensivamente, sofrendo somente um gol, na derrota para o Grêmio, nos últimos sete jogos. Não escondeu, porém, que a equipe voltou a oscilar e reconheceu que precisa ajustar o ataque o mais rápido possível, apesar de não ter tempo para impor o que quer no campo.
Com dois jogos por semana, assume ficar humanamente impossível trabalhar seus desejos no gramado. O técnico revelou que vem utilizando vídeos para tentar deixar seu quarteto ofensivo mais dinâmico. Odair Hellmann não quer Soteldo ou Ângelo somente aberto nas beiradas do gramado, por exemplo.
“Apenas um time tinha a responsabilidade de fazer a classificação aqui e fizemos, com 3 a 0 no geral. Claro que temos situações a corrigir, a melhorarmos, mas precisamos fazer uma avaliação do jogo de hoje e da sequência que a gente vem tendo. De quem iniciou e está retornando, como Soteldo, Mendoza, Alison… Mostramos a importância de buscar a vaga desde o início, com algumas dificuldades”, afirmou. “Mas são sete jogos após o Paulistão com só um gol sofrido, em derrota que não merecíamos perder”, ressaltou, lembrando da boa aparição diante do Grêmio.
Não esconde, contudo, que os altos e baixos o incomodam. O time ficou somente no 0 a 0 com Audax Italiano e Atlético-MG, por exemplo. “São oscilações de concentração que a gente trabalha para não acontecer”, disse. “Não é apenas o Santos, são todos, com times até oscilando mais. A gente melhorou defensivamente, por isso, até venceu hoje, não pela parte ofensiva, e vou buscar evolução para o time ficar mais qualificado e forte.”
Na opinião do treinador, o Santos atual ainda vive das características do ano passado, de transição e velocidade, que não conseguirá “mudar da noite para o dia.” Ele tenta convencer Soteldo e mesmo Ângelo, que entrou no decorrer da partida desta quarta-feira, a se movimentarem mais em campo. Quer seus dribladores aparecendo também no meio, o que deixará a equipe com mais opções para criação de situações de gols.
“Precisamos de movimento quando temos o meio aberto, na parte central, para ter equilíbrio de velocidade e posse. Estamos trabalhando ainda para melhorar o controle da bola, que gera dificuldade aos adversários. Mas o time precisa equilíbrio nas transições”, avaliou. “Contra o Atlético-MG foi totalmente de transições, esse era para ter mais posse e não teve, ficamos só na velocidade. São aspectos que estamos buscando e trabalhando, mas com muito pouco tempo porque não temos dias livres.”
Jogar e recuperar vem sendo o dilema santista. “Gera dificuldade de trabalhar essa situação. Eles estão vendo vídeos, buscamos aproximação de outros setores. Em outros já conseguimos, agora com bola e capacidade de definição ainda falta um pouquinho, mas vamos seguir perseguindo isso.”