Observatório do Clima: discurso ‘delirante’ ratifica preocupação de investidor

O discurso de Bolsonaro de hoje, na ONU, foi "calculadamente delirante" e confirma as preocupações de investidores estrangeiros quanto às crises ambiental e sanitária no País

  • Data: 22/09/2020 14:09
  • Alterado: 22/09/2020 14:09
  • Autor: Redação
Observatório do Clima: discurso ‘delirante’ ratifica preocupação de investidor

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Essa é a avaliação do Observatório do Clima., entidade ambientalista que reúne mais de 50 Organizações Não-governamentais (ONGs) e movimentos sociais.

Em pouco mais de 14 minutos de fala, Bolsonaro voltou a elogiar a atuação do governo no combate à pandemia, criticou a imprensa por “levar caos social ao País” e rebateu críticas à forma como sua gestão lida com o desmatamento crescente do Pantanal e da Amazônia. Segundo ele, o Brasil é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação” sobre a questão ambiental.

Para o Observatório do Clima, a declaração do presidente “não foi voltada à comunidade internacional, mas sim à claque bolsonarista. Em nota enviada ao Broadcast Político, a direção da entidade avalia que o discurso dá a “trilha sonora” para a saída de investidores internacionais e o cancelamento de acordos comerciais com países parceiros. As discussões para a efetivação do acordo entre União Europeia e Mercosul têm sido protagonizadas pela questão ambiental e o temor de que o acordo possa intensificar ainda mais o desmate nas florestas brasileiras.

Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, a fala de Bolsonaro ameaça a Economia ao não propor soluções aos problemas ambientais do País e acusar um “conluio inexistente entre ONGs e potências estrangeiras” contra o Brasil.

“Bolsonaro Não teve o objetivo real de prestar esclarecimentos sobre a situação do Brasil a parceiros comerciais e consumidores preocupados, muito menos de propor uma visão de País, como era a tradição, mas de combater a realidade e inventar inimigos imaginários. Bolsonaro usou a tribuna das Nações Unidas para fazer campanha à reeleição e não para promover o país”, completa a entidade.

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