O ato de doar contribui para organização e colabora para saúde mental

Coordenador do curso de Psicologia da Anhanguera explica que desapego pode ajudar no equilíbrio emocional e alerta para dificuldades

  • Data: 20/12/2022 08:12
  • Alterado: 15/08/2023 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Anhanguera
O ato de doar contribui para organização e colabora para saúde mental

O ato de doar contribui para organização e colabora para saúde mental

Crédito:Divulgação

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Com o espírito natalino à tona e a chegada do ano novo, muitas pessoas sentem a necessidade de organização e de revisitar seus projetos pessoais. Esta época é um momento quando além de renovar as energias, é uma etapa para desapegar de roupas e itens sem uso dentro de casa e doar para as famílias mais necessitadas. A ação auxilia na manutenção da saúde mental.

O coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professor Thiago Reis Hoffmann, aponta que uma sugestão é separar os itens que podem ser doados ou não em categorias. Nessa etapa, é importante fazer um autoquestionamento quanto à utilidade dos pertencentes. “É preciso avaliar o que se sente em relação a renunciar a alguns itens. No caso de peças do armário, as reflexões devem ser objetivas: a roupa ainda é útil você? Você compraria novamente? Você se esqueceu que possuía?”, pontua.

As doações não precisam ser feitas todas de uma só vez e que cada indivíduo toma o seu tempo para autoavaliação. “Quanto mais perguntas simples forem feitas, mais fácil será o desapego. O processo pode se tornar prazeroso e contribuir com a saúde mental”, afirma. “Não precisamos esperar itens estragarem para nos desfazermos deles. Podemos procurar instituições locais que fariam bom aproveitamento desses objetos”.

O docente explica que em alguns sinais podem ajudar a identificar quando a dificuldade no desapego precisa ser encarada com mais atenção. Roupas guardadas há muitos anos, sem uso para eventos específicos ou outros itens como roupas de cama (cobertores), brinquedos, livros e móveis empilhados ou sem utilidade aparente são exemplos. “Vale a pena destacar que quando a acumulação retira a funcionalidade do ambiente ou mesmo interfere nas relações sociais do sujeito ou do grupo familiar, deve-se buscar ajuda profissional”, afirma.

Em casos específicos e extremos, é possível verificar situações disfuncionais, como o Transtorno de Acumulação Compulsiva, também conhecida com disposofobia, caracterizado pela dificuldade persistente de descartar ou se desfazer de bens, independentemente do valor real deles. “Com esse quadro, o simples ato de doar pode ser mais prejudicial do que se imagina. Nunca obrigue ninguém a se desfazer de algo, o valor emocional depositado naquele objeto é importante para o sujeito, costumam gerar angústia, ansiedade e insegurança. É preciso acompanhamento de especialistas e de ajuda psicoterápica profissional”, conclui.

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  • Data: 20/12/2022 08:12
  • Alterado:15/08/2023 13:08
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  • Fonte: Anhanguera









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