Novembro Azul: Sedentarismo é fator de risco para câncer

Campanha mundial direcionada à conscientização sobre o câncer de próstata também traz à tona questões relacionadas aos cuidados com a saúde global do homem

  • Data: 04/11/2022 08:11
  • Alterado: 15/08/2023 19:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: IUCR
Novembro Azul: Sedentarismo é fator de risco para câncer

Prática de atividade física regular diminui o risco de diversos tipos de câncer

Crédito:Divulgação/IUCR

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Criada para conscientizar o público masculino sobre o câncer de próstata, doença que, de acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve representar cerca de 65.840 novos casos só neste ano, a campanha Novembro Azul chama atenção para a  necessidade de prevenção e do diagnóstico precoce desse tipo de câncer. Afinal, excluindo os tumores malignos de pele não melanoma, 29,2% dos casos de câncer em homens começam na próstata. No combate para diminuir os índices do câncer de próstata e demais doenças oncológicas que acometem os homens, está a necessidade de conscientizá-los sobre os cuidados com a saúde, destaca o cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, que é diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Por essa razão, neste ano, o engajamento do IUCR no Novembro Azul acontece por meio da campanha nas redes sociais que traz como mote “Homens que inspiram também cuidam da saúde”.

Nesse contexto está, por exemplo, a necessidade de praticar atividade física regularmente, uma medida que diminui o risco de várias doenças, inclusive de diversos tipos de câncer, entre eles o de próstata. “A atividade física ao lado de uma alimentação equilibrada contribui para combater a obesidade, fator de risco para o câncer de próstata e diversas outras doenças que acometem o público masculino”, diz Guimarães. O brasileiro, no entanto, está longe de ter a atividade física como rotina. A edição 2021 da pesquisa anual da Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, revela que apenas 11,31% dos homens entre 18 e 24 anos, das capitais brasileiras, praticam atividades físicas no deslocamento equivalentes a pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana. Esse percentual permanece similar nas faixas etárias a partir dos 18 anos até 54 anos: 11,38% (25 a 34 anos); 10,97% (35 a 44 anos); 12,42% (45 a 54 anos); 11,36% (55 a 64 anos). A partir dos 65 anos, a prática de atividade física cai para apenas 4,43% dessa população.

“Os cuidados com a saúde devem fazer parte da rotina do homem e não somente quando doenças já estão instaladas. Ter hábitos de vida saudáveis é tão importante como a consulta anual ao urologista, como forma de prevenir doenças ou diagnosticar um câncer ainda em fase inicial quando as chances de cura são maiores”, afirma Guimarães. Para o diagnóstico de câncer de próstata são importantes o exame de sangue que avalia a proteína produzida pelo tecido prostático (PSA) e o exame de toque retal, que propicia descobrir a doença em fase mais inicial. A confirmação diagnóstica se dá por biópsia. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado, para avaliação individualizada. Homens negros ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar com essa consulta médica aos 45 anos.

Câncer de próstata: uma doença silenciosa no início

O câncer de próstata tem evolução silenciosa e não costuma apresentar sintomas ou, quando apresenta, pode ser confundido com crescimento benigno da próstata, pois é uma doença que tem sintomas semelhantes. Portanto, vale ficar atento e procurar um médico para avaliação, caso tenha alguns dos sintomas a seguir com persistência superior a duas semanas:

Dor ou ardência ao urinar
Dificuldade para urinar ou para conter a urina
Fluxo de urina fraco ou interrompido
Necessidade frequente ou urgente de urinar
Dificuldade de esvaziar completamente a bexiga
Sangue na urina ou no sêmen
Dor contínua na região lombar, pelve, quadris ou coxas
Dificuldade em ter ereção

O tratamento do câncer de próstata é individual, ou seja, leva em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento. “Munidos dessas informações, podemos oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas, beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explica Guimarães. As abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia, protonterapia e quimioterapia. “Há casos também em que a doença é indolente a tal ponto de optarmos por não tratar, mantendo uma vigilância ativa.

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  • Data: 04/11/2022 08:11
  • Alterado:15/08/2023 19:08
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