Novato no frete – Fiat Scudo chega ao Brasil para competir com similares

Lançado em junho, o furgão médio Fiat Scudo mostra agilidade no transporte urbano de cargas

  • Data: 06/09/2022 10:09
  • Alterado: 15/08/2023 23:08
  • Autor: Leonardo Doca
  • Fonte: Agência Transporta Brasil - especial para a Agência AutoMotrix
Novato no frete – Fiat Scudo chega ao Brasil para competir com similares

Furgão Fiat Scudo

Crédito:Divulgação

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Na última semana de junho, a Fiat lançou no Brasil o Scudo. Fabricado desde 1995 na Europa, o novo furgão médio foi posicionado entre o Fiorino e o Ducato, no lugar do extinto Doblò Cargo. O Scudo utiliza uma plataforma que suas parceiras da Stellantis já oferecem no Brasil – no caso, os furgões médios Citroën Jumpy e Peugeot Expert. Assim como os “gêmeos” das marcas francesas, o Scudo chegou com a proposta de conciliar a alta versatilidade para o transporte de cargas ao conforto de rodagem de um automóvel de passeio. O utilitário tornou-se o primeiro modelo da Fiat a adotar uma arquitetura de origem Peugeot no mercado brasileiro.

O Scudo, assim como o Expert e o Jumpy, é montado na fábrica da Nordex na região de Montevidéu, Uruguai, e chega ao Brasil por meio de navios que atracam no Porto de Vitória (ES). O visual é bem parecido com o dos furgões da Peugeot e da Citroën, com alguns diferenciais. O Scudo tem um acabamento próprio, com alguns detalhes como o cluster do painel principal, a alavanca de câmbio e os estofamentos dos bancos, com assinatura da Fiat. O furgão da marca italiana é equipado com motor Turbo Blue HDI Euro 6 de 1,5 litro, de origem PSA Peugeot Citroën, que desenvolve potência de 120 cavalos e torque de 31,1 kgfm. Por ser Euro 6 e atender às normas de emissões em vigência, o veículo utiliza a tecnologia SCR de redução catalítica e tem tanque de Arla 32 de 18,7 litros. A tração é dianteira.

Por ter Peso Bruto Total de 3,22 toneladas, o Scudo pode ser conduzido por motoristas com habilitação Categoria B. Essa característica aumenta muito o leque de possibilidades do veículo, podendo ser usado por micro e pequenos empreendedores que fazem suas próprias entregas e também pode integrar uma frota urbana de transportadora. O compartimento de carga tem mais de seis metros cúbicos de volume e a capacidade líquida é de 1.500 quilos. As portas traseiras abrem em 180 graus, facilitando as operações de carregamento, e a porta lateral comporta o acesso de pallets por meio de uma empilhadeira. O salão de carga apresenta vários pontos de ancoragem para amarração dos produtos.

O modelo traz itens de série como rodas de aço de 16 polegadas 215/65, ABS, três airbags (para motorista e passageiros), ESC (controle eletrônico de estabilidade), assistência em subidas, faróis de neblina dianteiros, cintos de segurança de três pontos com ajuste de altura e faróis em halogênio com DRL. Traz também ar-condicionado, fecho centralizado das portas, parede divisória separando cabine do vão de carga, computador de bordo, retrovisores externos elétricos, vidros elétricos com “one touch”, ajustes de altura e profundidade do volante, ajuste de assento “ergonômico” para altura, apoio lombar e de braço, controle de cruzeiro com limitador de velocidade e tomada 12V no compartimento de carga.

A versão Cargo, a mais simples do Scudo, aparece no site da Fiat com preço de R$ 187.490. Em São Paulo, que tem impostos estaduais e tarifas mais elevados, o preço parte de R$ 193.431. Os valores iniciais valem apenas para a cor Branco Banchisa. Na metálica Grigio Alluminio, a única outra cor disponível, o preço sobe em R$ 1.444.

Impressões ao dirigir

Pelas ruas da cidade

O teste do Scudo durou uma semana com trechos rodados dentro da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a Capital, Guarulhos, São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo. A avaliação multiuso contemplou o embarque e desembarque de caixas de até 40 quilos, produtos volumosos e cargas mais densas, como móveis e máquinas. Todo o teste somou uma rodagem de 270 quilômetros primordialmente em trechos urbanos, ora com carga máxima, ora rodando com meia capacidade. Chegou a ser transportada uma tonelada de caixas e outros itens. A versão avaliada foi a Cargo, voltada para o mercado de cargas leves urbanas, versão de entrada da família. A linha Scudo conta ainda com a configuração Multi, envidraçada, e a elétrica, com 300 quilômetros de autonomia.

O propulsor Turbo Blue HDI Euro 6 de 1,5 litro tem quatro cilindros em linha e conta com turbocompressor – é possível escutá-lo trabalhando com sutileza enquanto roda. A entrega de torque nas arrancadas e retomadas proporcionada pelo turbo é forte e imediata. O câmbio é manual, de 6 marchas, com alavanca bem ergonômica integrada ao painel. A transmissão é bem dimensionada para o tráfego urbano. As três primeiras marchas são reduzidas, o que leva o motorista a utilizar bastante a quarta, a quinta e a sexta, mesmo na cidade. Em lugares como São Paulo, onde a velocidade máxima permitida nas vias principais é de 50 km/h, isso faz com que se rode na cidade usando a quarta e a quinta marchas, promovendo uma boa eficiência ser perda de performance. Elas trabalham como se fosse um “overdrive”. Graças a isso, a sexta marcha tem um intervalo bem longo na curva de torque.

A dirigibilidade do furgão médio da Fiat é boa. A posição do motorista é confortável, mesmo que não sobre muito espaço no cockpit para pessoas com mais de 1,90 metro. Mesmo assim, o banco, o descanso para o braço, o espaço interno e o modo de posicionamento do volante ajudam a passar o dia todo rodando sem se cansar muito. O câmbio tem uma calibragem que privilegia a direção urbana, comportando-se bem nas arrancadas e retomadas e oferecendo bom torque nas marchas mais altas, para rodar sempre com o giro baixo e consumindo pouco combustível. Se forçar, chega a uma velocidade máxima de 160 km/h sem muita dificuldade, com a aceleração de zero a 100 km/h em cerca de 12,5 segundos.

A visibilidade da cabine é adequada, apesar das dimensões do veículo, que tem 1,94 metro de altura e, por isso, consegue acessar estacionamentos de supermercados, docas de shopping centers e outras estruturas urbanas. Além disso, o veículo pode ser utilizado nas ruas da Zona de Máxima Restrição à Circulação de São Paulo, pois atende à Lei do VUC em suas dimensões entre para-choques. O veículo tem freios a disco nas quatro rodas, equipados com sistemas de gerenciamento eletrônico (EBD) e ABS e sistema eletrônico de controle de estabilidade e torque. O assistente de partida em rampa, presente em todos as versões da família, segura o veículo por três segundos para uma arrancada segura em via íngreme. O motor de 120 cavalos não é nenhum colosso, mas se comporta bem na cidade e não deixa o motorista na mão. Quando necessário, ele entrega potência e torque suficientes para dar conta do recado. Na cidade, a função start-stop ajuda a reduzir o consumo. O tanque de diesel tem 69 litros de capacidade, conferindo uma autonomia superior a 780 quilômetros.

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  • Data: 06/09/2022 10:09
  • Alterado: 15/08/2023 11:08
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  • Fonte: Agência Transporta Brasil - especial para a Agência AutoMotrix









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