NO COMANDO: Nigeriana é escolhida para chefiar a Organização Mundial do Comércio

A economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, foi oficializada nesta 2ª feira como nova diretora-geral da OMC substituindo o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo

  • Data: 15/02/2021 19:02
  • Alterado: 15/02/2021 19:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
NO COMANDO: Nigeriana é escolhida para chefiar a Organização Mundial do Comércio

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Duas vezes Ministra das Finanças da Nigéria (2003-2006, 2011-2015) Ngozi Okonjo-Iweala, economista e especialista em desenvolvimento internacional com mais de 30 anos de experiência, aos 66 anos será a primeira mulher e a primeira africana a se tornar diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ela foi anunciada como a nova representante da instituição nesta segunda-feira, 15, durante uma reunião virtual.

Currículo
Dra. Okonjo-Iweala é bacharel em Economia pela Harvard University e PhD em Economia Regional e Desenvolvimento pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), foi nomeada “o Africano do Ano” pela Forbes (2020), Ministro da Década, Prêmio Escolha do Povo (2020) pelo jornal This Day da Nigéria. Ela também recebeu o Prêmio de Serviço Internacional dos Conselhos de Assuntos Mundiais da América (2020), bem como o Prêmio Aminu Kano de Liderança (2020). Em 2019, ela foi nomeada uma das 8 mulheres lutadoras anticorrupção que inspiram, da Transparency International. classificada pela Revista Fortune como uma das 50 maiores líderes mundiais em 2015, pela Forbes como uma das 100 mulheres mais poderosas do mundo consecutivamente por quatro anos, pela Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2014 e pelo UK Guardian como uma das 100 melhores mulheres do mundo em 2011.

Ao longo de sua carreira, foram 25 anos no Banco Mundial, alcançando a posição número 2 de Diretora-Gerente, supervisionando uma carteira operacional de US $ 81 bilhões na África, Sul da Ásia, Europa e Ásia Central.

Organização Mundial do Comércio

Como diretora-geral da instituição, uma posição que exerce poder formal limitado, a nigeriana precisará intermediar as negociações comerciais internacionais, em face da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Ela também terá o desafio de responder à pressão para reformar as regras comerciais e combater o protecionismo intensificado pela pandemia de covid-19.

Ela vai substituir o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo, que estava no posto desde 2013, mas deixou a OMC e hoje é vice-presidente-executivo e diretor de Relações Corporativas da PepsiCo. Os membros da OMC consideravam oito candidatos para o cargo.

Discurso de Posse

Em seu discurso, a ex-ministra disse que conseguir um acordo comercial na próxima reunião seria a “prioridade máxima” e pediu aos membros da organização que rejeitassem o nacionalismo da vacina contra a covid-19. A economista também disse que ficou honrada por ter sido selecionada e trabalharia com os países membros da organização para tratar de questões de saúde causadas pela pandemia e “fazer a economia global funcionar novamente”.

Uma OMC forte é vital, se quisermos nos recuperar completa e rapidamente da devastação causada pela pandemia de covid-19”, disse Okonjo-Iweala. “Nossa organização enfrenta muitos desafios, mas trabalhando juntos podemos tornar a OMC mais forte, mais ágil e mais bem adaptada às realidades de hoje.”

No mesmo discurso, ela descreveu os desafios a enfrentar como “numerosos e complicados, mas não intransponíveis”. Ela deve começar em 1.º de março seu mandato — que termina em 31 de agosto de 2025, mas pode ser renovado.

Em outubro, a maioria dos países havia anunciado seu apoio à nigeriana. Mas os funcionários do governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que não conseguiu ser reeleito no ano passado, expressaram apoio à ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee. Com o início do mandato do democrata Joe Biden, no entanto, a sul-coreana retirou sua candidatura.

O delegado dos EUA na OMC disse que Washington estava empenhada em trabalhar estreitamente com a nova diretora e que o país será um “parceiro construtivo”. O representante da China prometeu “total apoio” à nova diretora.

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  • Data: 15/02/2021 07:02
  • Alterado:15/02/2021 19:02
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