“Nenhuma mulher pode ficar sem voz no Brasil”, afirma Damares
Governo lança campanha para combater violência contra mulher; após deixar coletiva, ministra ‘encenação’ contra feminicídio. Assista ao vídeo da campanha, emocione-se e denuncie
- Data: 25/11/2019 20:11
- Alterado: 22/08/2023 21:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução G1
Nesta segunda, 25, Dia do Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, convocou uma coletiva, mas saiu bastante abalada sem responder às perguntas dos jornalistas, gerando dúvidas sobre seu estado de saúde. Momentos depois, ela justificou tratar-se de uma encenação para mostrar “como o silêncio da mulher incomoda”. “Eu queria dizer que não podemos tirar voz de nenhuma mulher. Nenhuma mulher pode ficar sem voz no Brasil”, afirmou ela.
A pasta realiza desde o dia 20 uma série de encontros técnicos e ações educativas de uma campanha internacional chamada “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”. Os atos vão ocorrer até o dia 10 de dezembro.
No evento desta segunda, a ministra anunciou que, a partir de janeiro, todas as delegacias terão uma sala pintada de rosa para atendimento exclusivo a mulheres. A campanha foi lançada em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. O lema da campanha deste ano será “Quando uma mulher perde a voz, todas perdem” – em 2018, o lema foi “Você tem voz”. A campanha do governo federal terá divulgação na TV, no rádio e na internet da música “Amor que dói”, da dupla sertaneja Simone e Simaria, em que as duas ficam em silêncio.
Segundo dados do Instituto Igarapé divulgados nesta segunda, 1,23 milhão de mulheres vítimas da violência recebeu atendimento médico entre 2010 e 2017. Em 90% dos casos, o agressor era uma pessoa próxima da vítima, e 36% das vezes, o parceiro.