“Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for”, diz sócia da Backer_x000D_
Polícia Civil voltou à fábrica da Backer nesta terça-feira, 14; Ministério da Agricultura já havia determinado o recolhimento dos produtos da empresa
- Data: 14/01/2020 15:01
- Alterado: 14/01/2020 15:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Ministério da Agricultura já havia determinado o recolhimento dos produtos da empresa
Crédito:Divulgação/Backer Cervejaria
As investigações da Polícia Civil sobre a contaminação da cerveja Belorizontina, da fábrica mineira Backer, se concentram nesse momento em um tanque da empresa com capacidade de 18 mil litros. A fábrica tem outros 69. As informações são da diretora de marketing e sócia-proprietária da Backer, Paula Lebbos. A representante da empresa afirmou nesta terça-feira, 14, que ninguém deve consumir a cerveja suspeita de contaminação. “Não bebam a Belorizontina. Seja de que lote for”, disse. Paula Lebbos também afirma que não se deve consumir a cerveja Capixaba, que é a Belorizontina vendida no Espírito Santo.
A Polícia Civil voltou na manhã desta terça-feira à fábrica da Backer, no bairro Olhos D’Água, Região Oeste da capital. Na segunda-feira, 13, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que já havia interditado a planta, proibiu a Backer de comercializar seus produtos e mandou a empresa recolher toda sua produção no mercado. A fábrica deverá se posicionar ainda nesta terça sobre como será esse procedimento.
A representante da Backer afirmou não saber o que pode ter provocado a contaminação da cerveja. Laudos da Polícia Civil apontaram a presença da substância dietilenoglicol em três lotes da Belorizontina. Houve a confirmação ainda da presença de monoetilenoglicol na fábrica. Ambas substâncias são utilizadas no processo de refrigeração da produção. Segundo a Polícia Civil, ambas são altamente tóxicas. “Não sabemos o que pode ter acontecido.”, disse Lebbos.
Atualização mais recente da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, divulgada nesta terça-feira, 14, afirma terem ocorrido até o momento 17 casos de intoxicação pelo dietilenoglicol. Do total, uma é mulher e 16, homens. Quatros casos já foram confirmados, com uma morte. Os 13 casos restantes, segundo a secretaria, continuam sob investigação.
“Estou sem dormir. Muito triste, assustada com tudo isso. É preciso saber a verdade o mais rápido possível. Peço que não julguem outras cervejarias pelo que está acontecendo com a Backer”, disse. Conforme a empresária, o mercado de cerveja artesanal é muito importante para Minas Gerais. O Estado acionou a Polícia Civil e aguarda resposta sobre a informação da representante da empresa de que, por enquanto, apenas um dos tanques está sob investigação.