‘Nada foi feito para prevenir’, diz promotor do caso de Mariana

Desde o rompimento da barragem em Mariana, em 2015, até o desastre de Brumadinho não houve avanços na legislação e nem em medidas para promover a prevenção de casos semelhantes

  • Data: 28/01/2019 10:01
  • Alterado: 28/01/2019 10:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
‘Nada foi feito para prevenir’, diz promotor do caso de Mariana

Crédito:Reprodução

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A avaliação é do promotor Guilherme de Sá Meneguim em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta segunda-feira, 28.

“Do ponto de vista legal e do ponto de vista preventivo, nada foi feito”, afirmou Meneguim, ressaltando que a lei brasileira permite esse tipo de barragem. Para o promotor, é necessário que as empresas gradualmente desativem estruturas como a de Brumadinho e retirem os rejeitos para evitar rompimentos. “A questão não é se, é quando vai romper. Não foi feita nenhuma lei proibindo esse tipo (de barragem) e houve flexibilização dos licenciamentos”, disse.

Segundo ele, o rompimento “é muito semelhante ao de Mariana”, caso no qual atuou na defesa dos direitos das vítimas. Para Meneguim, a criação de leis e fortalecimento dos órgãos de fiscalização pode ajudar a evitar tragédias como esta. Ele defendeu ainda adaptações no Código Penal para lidar com situações complexas a de Brumadinho. “Esses fatos não são acidentes. São homicídios, crimes ambientais, e a pena é cadeia” afirmou.

Meneguim disse, ainda, que as dificuldades enfrentadas para apurar os responsáveis vão se repetir, mas é possível, com laudos, testemunhas e interrogatórios, chegar à conclusão. “Uma coordenação entre todas as autoridades é muito importante. Os peritos que trabalharam em Mariana podem ajudar muito”, afirmou.

O desastre em Brumadinho ocorreu na tarde de Sexta-feira e deixou dezenas de mortos, feridos e centenas de desaparecidos, segundo balanços divulgados por autoridades. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.

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  • Data: 28/01/2019 10:01
  • Alterado:28/01/2019 10:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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