Na CPI da Covid, Campêlo nega acusações feitas em ação da PF na qual foi preso
O ex-secretário de saúde do Amazonas negou as acusações de que ele teria realizado contratações fraudulentas para favorecer empresários locais enquanto trabalhava no governo estadual
- Data: 15/06/2021 14:06
- Alterado: 15/06/2021 14:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Campêlo nega acusações de contratações fraudulentas para favorecer empresários locais
Crédito:Edilson Rodrigues/Agência Senado
Campelo foi alvo da quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), que apura o desvio de dinheiro do combate à pandemia, e chegou a ser preso.
Segundo o ex-secretário, nenhuma das empresas citadas no processo em que ele é alvo foi contratada pelo governo. Campêlo afirmou, ainda, que nenhuma das acusações feitas contra ele procedem. Sobre seu pedido de exoneração do cargo, no início deste mês, o ex-secretário voltou a afirmar que a saída foi motivada por uma questão ética, “porque eu acredito que por questões éticas você tem deixar um cargo para permitir que as investigações procedam e não seja acusado de tentar interferir nas investigações“, afirmou, nesta terça-feira, 15.
Intervenção federal
Marcellus Campelo também negou, durante seu depoimento à CPI da Covid, que tenha conversado com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), sobre a reunião interministerial em que o governador teria defendido a desnecessidade de uma intervenção federal no Estado para lidar com o colapso de saúde.
No depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI, o antigo chefe da pasta afirmou que Lima foi ouvido pelo presidente da República, em uma reunião interministerial, onde o governador alegou que tinha condições de liderar o enfrentamento à crise. O governo Bolsonaro então tomou a decisão de não intervir. A intervenção federal foi solicitada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), em 15 de janeiro.