Mutirão em Diadema alerta população sobre criadouros do mosquito da dengue
Água parada é principal vilã no combate ao Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e Chikungunya
- Data: 14/12/2023 08:12
- Alterado: 14/12/2023 08:12
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
Combate ao Aedes aegypti
Crédito:André Baldini
Baldes, plantas com água, piscinas e caixas d’agua mal fechadas foram alguns dos locais em que os agentes de controle de endemias (ACE) e comunitários de saúde (ACS) de Diadema encontraram larvas do mosquito Aedes aegypti, durante mutirão de combate à dengue realizado nesta terça-feira (12/12), no bairro Eldorado em Diadema. Durante a ação, os profissionais de saúde percorreram as ruas do bairro para vistoriar as residências e orientar os moradores sobre os cuidados para prevenir a dengue.
A principal medida é eliminar qualquer recipiente ou local que possa acumular água, seja limpa ou não. “Essa ação mostrou a importância de a população sempre estar alerta para esses cuidados e manter uma rotina semanal de vistoria aos pontos sensíveis dentro e fora da casa. Todos precisam se unir porque, se uma pessoa não colabora, o mosquito pode proliferar e transmitir a doença para várias pessoas”, explicou a médica veterinária e coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ).
“De modo geral, a recepção dos moradores foi muito boa e o carro de som ajudou bastante. Muitos até saiam na rua para esperar a equipe passar”, completou Nanci. Das 550 casas abordadas pelos agentes, 210 estavam fechadas e apenas 19 se recusaram a atender a equipe.
As larvas coletadas durante a vistoria serão identificadas, por microscopia, pelos agentes de combate de endemias e o resultado subsidiará as ações de prevenção e controle da dengue na região.
O mosquito da dengue é preto com listras brancas no tronco, cabeça e pernas. O tempo entre a colocação dos ovos da Aedes aegypti até a transformação no inseto adulto, em condições favoráveis, pode ser de sete a 10 dias. “Em alguns dos imóveis visitados, os moradores estavam certos de que não iria ter nenhum foco e ficaram chocados quando encontramos a presença de larvas em um potinho esquecido no quintal ou uma planta submersa. Por isso, o cuidado deve ser constante para ver se não tem algo que pode se tornar foco e trazer doença para a população. Precisamos interromper o ciclo de vida do transmissor”, esclarece a coordenadora do UVZ.
Entre as formas de combater o mosquito estão: verificar ralos, mantendo fechados quando não estiver em uso; eliminar pratinhos de vasos de plantas; guardar garrafas e pneus em local coberto; manter caixa d´água totalmente fechada e em perfeito estado; fechar latas e sacos de lixo e colocar para fora apenas em horário próximo da coleta.
Para denunciar locais com água parada e que podem ser potenciais criadouros do mosquito da dengue, o morador pode ligar diretamente na UVZ Diadema ou informar a Ouvidoria da Saúde pelo telefone: 0800-7713055 ou e-mail: [email protected].
Alerta
Desde o início do ano, foram registrados 174 casos autóctones (contraídos no município) de dengue. No mesmo período de 2022, foram 135 casos, o que representa um aumento de 28,8%.
Em novembro, a UVZ promoveu quatro mutirões casa a casa para vistoria e orientação aos moradores.