MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca

Na denúncia por homicídio triplamente qualificado encaminhada à Justiça pela promotoria, o órgão afirma que Lima teria dito que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão"

  • Data: 12/04/2023 15:04
  • Alterado: 12/04/2023 15:04
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
MP vê motivo político em assassinato de torcedor do Flu após 1º jogo das finais do Carioca

Crédito:Reprodução

Você está em:

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou suposto motivo político no assassinato, em 1º de abril, de Thiago Leonel Fernandes da Motta, morto a tiros pelo agente penal Marcelo de Lima após o primeiro Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca.

Na denúncia por homicídio triplamente qualificado encaminhada à Justiça pela promotoria, o órgão afirma que Lima teria dito que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. O ataque verbal teria provocado revolta das vítimas – Bruno Tonini Moura também foi baleado – e gerado uma discussão.

A partir daí, diz o MP-RJ, “o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade, uma vez que Bruno recebeu pronto e eficaz atendimento médico”.

A briga se desenrolou em frente à pizzaria “Os Renatos”, considerada um reduto de torcedores do Fluminense, no entorno do Maracanã. Inicialmente, testemunhas disseram que a confusão teria começado por causa de uma pizza, versão contestada por uma das donas do estabelecimento e, também, não confirmada pelas investigações da Polícia Civil.

“MOTIVO TORPE”

Segundo a denúncia apresentada na terça-feira à 4ª Vara Criminal da Capital, “os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações”. O MP-RJ argumenta ainda que o ataque aconteceu com emprego de meio que resultou em perigo comum, “uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais”. Ao todo, dez tiros foram disparados.

Além disso, diz o MP-RJ, “os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado”.

Compartilhar:

  • Data: 12/04/2023 03:04
  • Alterado:12/04/2023 15:04
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados