Morre o jornalista esportivo Fábio Seródio, aos 59 anos
O jornalista enfrentava um câncer no cérebro
- Data: 15/08/2024 12:08
- Alterado: 15/08/2024 12:08
- Autor: Redação
- Fonte: Vanderlei Lima e André Martins/UOL/Folhapress
O jornalista esportivo Fábio Seródio
Crédito:Reprodução/Instagram
O jornalista esportivo Fábio Seródio morreu na manhã desta quinta-feira (15) em São Paulo, aos 59 anos.
O QUE ACONTECEU
Ele foi diagnosticado com um tumor maligno, de metástases do estômago e do fígado, no final do ano passado. Realizou duas cirurgias na cabeça e vinha fazendo tratamento com quimio e radioterapia.
O jornalista estava internado até terça (13), mas morreu em casa. Ele estava com a esposa Cristina e deixa uma filha, Aline.
Fábio tinha 30 anos de experiência. Nascido no bairro da Mooca, formou-se em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu em 1993.
Trabalhou por mais de 20 anos na Jovem Pan, tendo deixado a emissora de 2015. Nos últimos anos, integrava o programa Futebol em Rede com seu colega e amigo Luis Carlos Quartarollo, mas teve que interromper a participação devido à doença.
Foi setorista do Corinthians por duas décadas e depois assumiu como assessor de imprensa do clube, entre 2015 e 2016. Era são-paulino roxo, mas não misturava o clube do coração com o exercício da profissão.
DESABAFO SOBRE CÂNCER
Fábio fez um forte desabafo sobre a doença em março deste ano. Ele relatou que o diagnóstico de câncer veio após ter sido diagnosticado com covid-19 em novembro do ano passado. Começou a ter tremores no braço esquerdo e perdeu força na mão, tendo descoberto o tumor no cérebro com a realização de uma tomografia.
“Nunca tive problemas sérios de saúde. Jamais senti dores ou incômodos. A notícia caiu como uma bomba nuclear. Fiquei dias sem contato com o mundo externo e pensando nas consequências de tudo isso. Daí em diante minha rotina é quimioterapia, radioterapia e infecções das mais variadas que renderam mais três internações”, afirmou em seu blog, em março.
“A única saída é fazer tudo possível para sobreviver. Fazer tratamento e viver dia após dia. Outra solução é sentar-se na praia e esperar a morte chegar. Em meio à escuridão, resolvi reagir. Devido a duas cirurgias na cabeça, ainda não posso postar vídeos, chocaria as pessoas a cicatriz. A luta continua. Quero viver ao máximo e ser feliz até o último momento.”